Há 10 anos surgia no mercado a Resultados Digitais, empresa especializada no desenvolvimento de software para médias e pequenas empresas. Hoje, consolidada no setor de Marketing e com atuação em mais de 20 países, a startup passa a chamar: RD Station, nome de seu principal produto.
Durante esse período de atuação, a empresa acumulou diversas iniciativas e possui, atualmente, uma divisão de conteúdo, mídia e educação para clientes e parceiros, em que estão os sites Resultados Digitais e Agência de Resultados, e mais de 650 funcionários em toda a América Latina. A nova marca surge, portanto, para unificar a operação e manter as outras submarcas sob esse guarda-chuva.
“Quando demos o nome Resultados Digitais, no início da operação da empresa, a ideia era reforçar o nosso manifesto. Queríamos que as empresas olhassem para o marketing digital como algo que gerava resultado, receita e crescimento em oposição a estratégias tradicionais difíceis de mensurar”, afirma Eric Santos, CEO da RD Station. “À medida que fomos nos desenvolvendo, criamos uma série de submarcas interna e externamente sem realmente pensar na sua correlação. Então finalmente foi o momento de parar, repensar nossa essência, e nos reorganizar”.
A nova marca estreia no Hostel by RD Summit, evento 100% online que começa hoje e vai até o dia 3 de dezembro e que tem a expectativa de um público de 20 mil pessoas.
O Startupi conversou com Edson Ferrão, head de branding da RD Station, que contou um pouco mais sobre o processo de rebranding e o novo posicionamento.
Segundo ele, a ideia é trazer um novo step para dar continuidade na jornada da RD Station, incluindo seu momento de internacionalização já que, diante do atual momento da empresa, uma das necessidades foi também de ter um nome que a tornasse, de fato, global.
O head contou que foi um longo período de pesquisas e conversas com stakeholders, clientes, parceiros, investidores, times de executivos e funcionários para entender qual era o DNA da empresa, como as pessoas a percebiam e assim, pensar em uma estratégia de rebranding.
Ao final disso, o plano ficou pautado em dois pontos. O primeiro, segundo Edson, é a de reforçar a motivação da RD Station em empoderar os clientes e desenvolver as médias e pequenas empresas para que elas transformem a economia.
O segundo ponto foi trabalhado para dar destaque a nova visão de operação. “Reforçar que somos um software company e reforçar que nós temos alguns sistemas de conteúdo e educação e que são esses pilares que vão conduzir a nossa evolução e a evolução dos nossos clientes, porque através da evolução deles que a empresa se desenvolve, que nós também evoluímos e crescemos ainda mais”, explicou o head.
Assim, com o lançamento da nova marca RD Station, as iniciativas ficam divididas em duas grandes divisões: Software company e Conteúdo, mídia e educação. Confira abaixo:
A primeira divisão, de software company, engloba os produtos RD Station Marketing (software de automação de marketing) e RD Station CRM (software de gestão de vendas), que atualmente possuem uma base de 25 mil clientes. A ideia aqui é fortalecer o foco da empresa em tecnologia e visão de plataforma.
Dentro de conteúdo, mídia e educação ficará a Resultados Digitais que permanece como marca para conteúdo direcionado a clientes e leads, como blogs, vídeos e tutoriais. A plataforma de cursos RD University e os eventos itinerantes de marketing e novos negócios RD on the Road ficam neste chapéu também.
Outra submarca dessa divisão é a Agência de Resultados que terá o papel de liderar as iniciativas de educação para parceiros, com um site de conteúdo dedicado às necessidades das agências de marketing digital e o já conceituado Prêmio Agências de Resultados.
E por fim, o RD Summit, que continuará sendo a marca do evento principal da empresa, este ano 100% online, através do Hostel By RD Summit, e com possibilidade de se tornar um evento híbrido a partir de 2021.
Sobre essa nova identidade visual, Edson explicou que ela foi desenvolvida para reforçar a posição da empresa em mostrar aos clientes que existem infinitas possibilidades e que não há limite para ambição, por isso essa brincadeira com as formas geométricas. “Toda a linguagem gráfica brinca muito com a relação de perspectiva, de ampliar perspectiva, de desconstruir perspectiva, de formas geométricas que se combinam e geram outras formas. Isso se traduz em uma mensagem de possibilidades ilimitadas de crescimento e desenvolvimento de geração de resultados”, explicou.
Um dos pontos destacados por Edson também foi a importância da equipe interna no processo de rebranding. Segundo ele, gestão de marca se espelha muito em gestão de negócio. “Quando você fala de mudança de marca é natural que a área de marketing acabe se envolvendo mais na construção, mas isso impacta no tom de voz que o vendedor vai trabalhar no pitch de vendas lá na frente. Então isso significa um envolvimento muito grande da empresa como um todo”.
Qual o momento certo para rebranding?
Edson contou que, apesar de muito importante, a questão de marca muitas vezes é deixada de lado por startups e PMEs porque muitas vezes elas estão mais focadas no crescimento rápido, no desenvolvimento de produto e na busca pelo product-market fit. “Não é que elas esqueçam, elas entendem a importância, mas acabam deixando em segundo plano”.
No entanto, ele destacou que é importante olhar para a marca quando se fala em desenvolvimento de um negócio ou evolução de um produto. Isso inclui também empresas B2B, como é o caso da RD Station. “ Por mais que você diga que você venda uma solução, que você tem uma oferta de solução para uma empresa, de empresa para empresa, a relação no dia a dia, os touchs, o discurso, o tom de voz, ele impacta pessoas, ele mexe com pessoas”. Sobre isso, ele continuou: “O que eu entendo é que parte dessa ótica também precisa envolver como essas pessoas, como esses profissionais que interagem com a sua empresa percebem você”.
Para o head, portanto, apesar de ser um retorno mais a médio e longo prazo, é um ponto importante a ser trabalhado. “Se você tiver muito claro quais são os atributos da marca, qual o tom de voz da marca, qual a mensagem da marca, facilita escala para isso e você consegue ter uma comunicação mais coesa e mais consistente para impactar as pessoas e aí você começa a ser reconhecido com mais facilidade”.
E como reconhecer que é a hora de mudar? Uma das dicas de Edson é observar a página da empresa no Instagram e observar se, de fato, possui uma diretriz de identidade. “Quando a empresa tem um direcionamento claro de marca e de linguagem de marca, você consegue ver a ligação entre os posts, entre a comunicação e o que está sendo feito. Existe uma coerência naquela comunicação e isso traz uma tônica, traz uma percepção de mais robustez, de mais consistência, de mais segurança”, explicou. “E aí você devolve isso pra B2B e combina exatamente com o ponto de você trazer uma solução confiável”, acrescentou ele sobre a comunicação de marca para quem trabalha com empresas.
Por fim, Edson disse que o processo de rebranding da RD Station é mais que uma evolução de marca ou empresa, é uma evolução de negócio e que o lançamento não é o fim, mas o início de uma nova jornada para os próximos 10 anos. “ O lançamento de uma marca não é necessariamente o fim de um projeto, ele é o começo de um novo projeto, porque a partir do momento que as pessoas, que os nossos clientes, que a audiência que acompanha os nossos conteúdos tiver contato e interagir com essa linguagem, isso vai gerar aprendizados e vai gerar insights para que a gente continue conduzindo essa nova marca para uma evolução.