Nos próximos meses, a região Norte ganhará um novo reforço para desenvolvimento do ecossistema de inovação, empreendedorismo e startups. A FCJ Venture Builder, multinacional mineira de venture building, anunciou um projeto de expansão do seu modelo de Corporate Venture Builder (CVB) para o Norte do Brasil em parceria com a Amazônia Venture Builder, uma das primeiras venture builders da região.
A venture builder amazonense, que foi oficializada em janeiro deste ano, já captou mais de R$ 1 milhão e soma cerca de 10 startups no portfólio, que juntas têm um valuation de quase R$ 30 milhões. O projeto vai levar inovação aberta para os estados do Norte e busca promover a integração dos agentes do ecossistema, incluindo startups, universidades, corporações e investidores, com o objetivo de inserir a região amazônica no ecossistema nacional de inovação.
A proposta é levar o modelo de corporate venture builder da FCJ para as corporações da região Norte e desenvolver startups que resolvam as dores dessas empresas. Além de oferecer os benefícios como apoio em back office, acesso a investimento, mentorias e conhecimento de mercado, a nova parceria também focará na conexão entre instituições de ensino e as necessidades do mercado.
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Startups na Amazônia
O último mapeamento do potencial do ecossistema dos estados da Amazônia, publicado pela Fundação CERTI, mostrou que, de 2015 a 2018, surgiram ao menos 360 novas startups da região, além de serem mapeadas 80 instituições científicas, mais de 158 faculdades e universidades e cerca de 50 aceleradoras e incubadoras de negócios. Embora o estudo aponte uma necessidade de integração dos agentes para ativação do ecossistema amazônico, a região mostrou que é capaz de gerar resultados positivos principalmente com soluções que viabilizam a bioeconomia e negócios de impacto positivo e de preservação ambiental.
No início de 2022, Francerbley Bragança, atual diretor de operações da Amazônia Venture Builder, juntou-se a Bruno Alencar, CEO da AquaApia, e a Carluce Motta, CFO na Good Job, com a ideia de desenvolver uma startup com a missão de contribuir na geração de empregos e renda na região do Amazonas. Com o sucesso na administração da plataforma Good Job, outros empreendedores do ecossistema buscaram apoio com os profissionais para desenvolverem seus próprios negócios.
“Quando as pessoas viram a startup se movimentando, outros empreendedores se interessaram pelas conquistas”, explicou Bruno, que é também diretor da venture builder. “Participamos de hackathons e outros programas que chamaram a atenção do ecossistema, e os empreendedores pediram ajuda para trilhar o mesmo caminho. Esse projeto que surgiu em paralelo à Good Job se transformou na Amazônia Venture Builder.”
“Em janeiro deste ano, oficializamos a Amazônia Venture Builder no mercado e, até então, tudo era feito através de networking e contatos no ecossistema”, pontuou Bruno. “Criamos parcerias com empresas de tecnologia para desenvolvimento das startups e movimentamos o ecossistema como é feito no Sul e Sudeste, o que foi visto com bons olhos e está dando resultado.”
De grande importância para a valorização das startups fora do eixo sul-sudeste, a colaboração entre as companhias promoverá a descentralização do empreendedorismo e levará forte apoio para inovação da região Norte. Bruno explica que “algumas soluções potencialmente escaláveis no Amazonas podem não atingir o restante do Brasil, mas são extremamente necessárias para a nossa realidade, da mesma forma como a parceria vai ajudar startups a levarem seus produtos ou serviços para as demais regiões do país”.
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