A tecnologia chegou no mundo e influenciou na vida de todas as pessoas, desde comunicação até o jeito de se fazer compras. O e-commerce chegou para transformar o mercado e a forma como se faz vendas online, de forma ágil e mais fácil. Com essa mudança, coube às empresas do mercado se reinventarem para se manterem em evidência, e é assim que a Allmaria trabalha, a startup analisada desta semana.
A empresa quebra a barreira do e-commerce e passa a fazer parte de diversos grupos desse mercado. Focada em vender roupas femininas, a startup passou a exercer outras funções além de só vender, como também anunciar produtos em outros marketplaces. Se preocupando com a segurança, a startup trabalha de forma diferente,: só depois que o pedido for feito pelo cliente é que a Allmaria adquire as peças e repassa aos compradores.
Problema
A startup começa citando seu problema definido como um espaço observado de pequenos comércios do Brasil que ainda não possuem um software para realizar as próprias vendas dos produtos, assim, a Allmaria se torna responsável pelo auxílio dessas marcas na hora da venda. Os analistas elogiaram essa forma de trabalho e como se comportar no mercado, mas se preocupam pela falta de diferenciação da plataforma para outros players do mercado.
Solução
A solução apresentada pelos executivos acabou intrigando os analistas, que se preocuparam com as diversas funções que a Allmaria diz cuidar para os clientes. A startup garante todos os processos da jornada, desde a compra dos produtos até o repasse depois que o cliente realiza o pedido, tendo que cuidar da parte logística e de toda a questão fiscal da compra e venda das peças. Os investidores acreditam que mesmo com essas questões, a startup se compromete a solucionar um problema e finaliza essa ação com maestria.
Mercado
Ao falar de mercado, a startup se coloca como intermediária das empresas de confecção brasileiras, o que acaba trazendo pontos positivos e negativos para tal posição. Por um lado, voltamos a falar que, à medida que a empresa cresce e recebe cada vez mais pedidos, mais trabalho ela terá e mais erros são passíveis de acontecer. Por outro lado, é visto como positivo o fato da empresa receber produtos de diversas áreas, e assim lucrar de diferentes formas.
Concorrência
Trazendo a discussão da concorrência junto ao mercado, a Allmaria usa uma estratégia não muito comum para outras marcas, ela se coloca abaixo dos principais players do mercado, ao se comparar com Mercado Livre, Amazon, entre outros. A marca comenta que não disputa vaga com tais empresas, mas que usa as mesmas para desenvolver suas vendas pelos canais de vendas delas. O ponto é positivo por facilitar para o usuário, mas complica a Allmaria na hora de desenvolver seu próprio crescimento.
Resultados
Sobre os resultados trazidos, os analistas elogiam o momento em que a empresa se encontra, mas comentam que é nítida a falta de retorno por parte dos clientes. A falta desse ciclo causa uma desconfiança no modelo de negócio utilizado pela empresa. Além dessas questões, preocupa o modelo escolhido, de comprar de uma empresa e revender pela plataforma de outra, os analistas acreditam que esse modelo acaba diminuindo os possíveis lucros alcançados.
Time
O time formado pela Allmaria acabou sendo um dos pontos mais elogiados pelos analistas, que comentam que nesse mercado o mais importante é ter experiência, e com isso, a Allmaria possui 5 dos seus 6 participantes com experiência em outros marketplaces variados. Explicam que, com um time competente e engajado, o sucesso será alcançado.
Rodada solicitada
Com valuation de R$25 milhões, a Allmaria pede R$ 1,5 milhão por 6% do seu negócio. A rodada é baixa, e é importante ser assim, já que a empresa já conquistou outros investimentos em outros momentos de mercado, seja por crowdfunding ou investidores específicos. É criticado pelos analistas, a falta de informações em que o negócio irá usar o investimento, e como vai crescer com ele.
Conclusão da análise
Observando a empresa e seu modelo de negócio, os analistas explicam que a mesma está no caminho certo e se aproveitam de um bom espaço de mercado, que é oferecer produtos para todos os tamanhos e classes econômicas. Apenas pontuam que a mesma deveria rever a forma de venda dos produtos, que apesar de não ser errada, diminui os ganhos.
Aqui, João Kepler comenta se investiria ou não na startup, e a Eleven Research apresenta com detalhes suas recomendações técnicas. Confira!