Essa semana, o Google publicou pela conta do Google Glass no Plus uma lista com as maiores falácias do dispositivo wearable e nós do Startupi achamos que seria divertido compartilhar.
Veja abaixo alguns dos grandes mitos por trás dos desejados óculos do futuro.
Os 10 maiores mitos do Google Glass
O senhor Rogers era um oficial da Marinha. Um dente mergulhado em refrigerante dissolve em 24 horas. Jacarés vagam nos esgotos de grandes cidades e Walt Disney está congelado criogenicamente. Esses são alguns dos mais comuns e –vamos admitir– incríveis mitos urbanos que vagam por aí.
Mitos podem ser divertidos, mas também podem ser confusos e inquietantes. Quando contados inúmeras vezes, eles podem se transformarem em coisas que se parecem com fatos. (Nota: você sabia que as pessoas costumavam pensar que viajar muito rápido num trem prejudicaria o corpo humano?)
Nascido recentemente, o Google Glass viu alguns mitos se desenvolverem ao seu redor. Enquanto ficamos orgulhosos com a atenção, pensamos que fazia sentido enfrentar alguns mitos, só para clarear a visão. Afinal, todo mundo adora uma boa lista:
Mito 1 – O Glass é uma grande distração do mundo real
Ao invés de de ficar olhando para baixo, para a tela do seu computador, telefone ou tablet enquanto a vida acontecer a sua volta, o Glass permite que você olhe para cima e participe do mundo. Grandes momentos na vida –shows, a apresentação do seu filho, uma vista incrível– não devem ser experimentados pela tela com a qual você tenta gravá-los. É por isso que o Glass fica desligado automaticamente e só liga quando queremos ele assim. Ele foi feito para dar o que você precisa só quando você precisa e para levar você de volta para as pessoas e coisas na vida com as quais você se importa.
Mito 2 – O Glass está sempre ligado e gravando tudo
Assim como o seu celular, a tela do Glass fica desligada por padrão. A gravação de vídeo no Glass é programada para durar 10 segundos. As pessoas podem gravar mais, mas o Glass não foi feito para e nem é capaz de ficar sempre ligado gravando (a bateria não dura mais do que 45 minutos antes de precisar de recarga). Então a próxima vez que você estiver tentado a perguntar a um explorador se ele está filmando você, pergunte a si mesmo se você estaria fazendo o mesmo com seu celular. A probabilidade das respostas serem as mesmas são altas.
Mito 3 – Os exploradores do Glass são geeks adoradores de tecnologia
Nossos exploradores vêm de todos os tipos de caminhos da vida. Neles estão inclusos pais, bombeiros, tratadores, cervejeiros, estudantes de cinema, repórteres e médicos. A única coisa que eles têm em comum é que eles vêem o potencial do uso da tecnologia para se engajar mais com o mundo ao redor deles ao invés de distraí-los. De fato, muitos exploradores dizem que por causa do Glass eles usam menos tecnologia porque estão usando-a de maneira muito mais eficiente. Sabemos o que você está pensando: “eu não me distraio por causa da tecnologia”. Mas a próxima vez que você estiver no metrô, ou, sentado num banco, ou num café, olhe em volta as pessoas perto de você. Você pode ficar surpreso com o que ver.
Mito 4 – O Glass está pronto para o horário nobre
O Glass é um protótipo, nossos exploradores e o público geral têm um papel importantíssimo no seu desenvolvimento. Nos últimos 11 meses, tivemos nove updates de software e três updates no hardware baseados, em parte, no feedback de pessoas como você. No fim, esperamos mais feedback que se junte e forme um produto mais polido para o consumidor antes de ser lançado. No futuro, o protótipo de hoje pode parecer tão engraçado para a gente quanto o celular parecia nos anos 80.
Mito 5 – O Glass faz reconhecimento facial (e outras coisas estranhas)
Não, isso não é verdade. Como dissemos antes, apesar da viabilidade tecnológica, tomamos a decisão baseada em feedback de não lançar ou sequer distribuir reconhecimento facial no dispositivo ao menos que pudéssemos saber quantos problemas esse tipo de função poderia trazer. Porque não é o fato de um que um aplicativo estranho tenha sido criado que significa que ele será distribuído na loja MyGlass. Nós aprovamos manualmente todos os aplicativos que aparecem lá e temos várias medidas (de políticas de desenvolvedores e avisos de tela e precaução para meio termos) para ajudar a proteger a segurança das pessoas no dispositivo.
Mito 6 – O Glass cobre os olhos
“Não consigo me imaginar com uma tela em cima de um olho”, disse um expert em um artigo. Antes de tirar conclusões, você já experimentou o Glass? A tela dele fica deliberadamente em cima do olho direito, não na frente. Ele foi feito desse jeito porque entendemos a importância do contato visual e o “olhar para cima” e relacionar-se com o mundo ao invés de ficar com a cabeça baixa olhando para o celular.
Mito 7 – Glass é o dispositivo perfeito de vigilância
Se alguém fosse projetar um dispositivo de espionagem, certamente faria algo diferente do Glass. Sejamos honestos: se alguém quiser gravar algo de você, não optaria por um dispositivo que fica aparece claramente no seu rosto e que acende uma luz toda vez que recebe um comando
Mito 8 – O Glass é apenas para os privilegiados que podem adquirí-lo
O protótipo atual custa US$ 1500 e está fora do alcance de muitas pessoas. Mas isso não significa que as pessoas que tem Glass sejam ricas. Em alguns casos, elas tem o Glass do lugar onde trabalham. Outras pediram dinheiro em sites, e algumas ganharam de presente.
Mito 9 – O Glass será banido… em todos os lugares
Desde a vinda dos telefones celulares, surgiram diversas regras de etiqueta e algumas proibições de onde as pessoas podem usá-los para fazer gravações (banheiros, cassinos, etc). Como as funcionalidades do Glass espelham as dos celulares, as mesmas regras se aplicam.
Mito 10 – O Glass marca o fim da privacidade
Quando câmeras chegaram no mercado no final do Século XIX, as pessoas declararam que isso era o fim da privacidade. Baniram câmeras em parques, monumentos nacionais e praias. As pessoas temeram novamente quando surgiram as câmeras no telefones celulares. Hoje há muito maius câmeras e vai haver muitas mais daqui a 10 anos, com ou sem o Glass. Os 150 anos de uso de câmera e os 8 anos de uso do Youtube dão uma ideia de que tipo de fotos e vídeos as pessoas capturam – desde gatinhos até olhares dramáticos e cheios de perspectiva de mudança sobre a destruição do meio ambiente, e milagres cotidianos.