Nos Estados Unidos, o Netflix se consagrou não só por ter a transmissão online de filmes e séries, mas também por fazer entrega e busca de DVDs na casa de seus associados. E se, no lugar dos DVDs, estivesse um monte de roupa suja? Esse pensamento inusitado surgiu na cabeça de Humberto Soares, um dos fundadores da aLavadeira, startup baseada em São Paulo.
No serviço, o cliente se cadastra e escolhe qual plano de lavanderia quer –dá pra determinar isso de acordo com a necessidade de cada um e o tamanho da família. Em seguida, ele recebe uma sacola, onde poderá jogar sua roupa suja e que será deixada em sua portaria para que a equipe da aLavadeira busque. Com o tempo, o usuário vai sempre trocando uma sacola de roupa suja por uma de roupa limpa, duas vezes por semana, que é quando a startup faz suas entregas pré-agendadas.
“Lavamos todas as roupas da casa, de lençóis e toalhas ao uniforme das crianças e o vestido de festa”, explica Humberto, com quem conversei por telefone. Segundo ele, todo o contato entre cliente e empresa acontece por meio de uma plataforma web, que também permite fazer o monitoramento dos pedidos e do status do plano de assinatura.
O fundador explica que a startup tem um estabelecimento próprio para lavar as peças, “por uma questão de qualidade”, mas eles também firmaram contratos com redes de lavanderias, já pensando na expansão do produto. Esse é o lado “velha economia” da aLavadeira, diz Humberto. “Ainda é preciso verificar as características do tecido antes de lavar, por exemplo, mas o lado do assinante é totalmente digital. Do lado operacional, o nosso controle de inventário também é feito todo por um software”, explica.
Em operação desde abril de 2013, a companhia atende somente a região ampla do Morumbi, em São Paulo. “Moradores de regiões ainda não servidas podem ajudar na escolha das próximas áreas de expansão do serviço ao preencherem seus CEP e e-mail na janela ‘Cadastrar’”, diz comunicado divulgado. A ideia, segundo o fundador, é expandir para São Paulo inteira.
A empresa foi tirada do chão com dinheiro próprio dos sócios, que são três. Atualmente, são cinco funcionários dedicados ao projeto e Humberto vê uma boa perspectiva de expansão, baseado no fato de que o ticket médio arrecadado está na casa das centenas de reais é recorrente.
Foto: bass_nroll