O Airbnb, startup de aluguel de casa compartilhada, anunciou nesta semana que entrou com um projeto de registro à Comissão de Valores Mobiliários para uma oferta pública inicial. O número de ações a serem ofertadas e a faixa de preço da oferta proposta não foram divulgados pela empresa.
Segundo informações divulgadas na semana passada pela Bloomberg, o IPO está sendo coordenado pelos bancos Morgan Stanley e Goldman Sachs.
O pedido de registro acontece em um momento delicado para a empresa que está sendo impactada fortemente pela pandemia de coronavírus. Ainda, de acordo com a agência de notícias, a receita da startup caiu para US$ 335 milhões no período encerrado em 30 de junho. Comparado ao que a empresa informou no ano passado, isso representa uma queda de pelo menos 67%.
A baixa no faturamento é causada principalmente pela paralisação da indústria de viagens que, de acordo com um relatório de 13 de agosto da U.S Travel Association já acumula perdas estimadas em US$ 330 bilhões desde o início de março.
Em busca de uma recuperação, o Airbnb também anunciou uma nova medida para evitar aglomerações nas estadias oferecidas pela plataforma. A partir de hoje, portanto, o limite máximo de pessoas em uma mesma acomodação será de 16 pessoas, mesmo em casas capazes de acomodar mais do que esse total. A medida, válida no mundo todo, visa evitar aglomerações e contribuir para estadias responsáveis no contexto da pandemia. Festas e eventos de qualquer natureza também estão proibidos.
“Agora, estamos limitando as estadias via Airbnb a 16 pessoas, com potenciais exceções sendo avaliadas para locais como hotéis-boutique. Os usuários serão informados sobre a política anti-festa do Airbnb e as consequências legais cabíveis em caso de descumprimento das regras. Essa nova política terá impacto em todas as reservas futuras, e estamos no processo de comunicá-la à nossa comunidade global de anfitriões e hóspedes”, disse a empresa.