A Liga Ventures, rede de inovação aberta, que conecta startups e grandes empresas para geração de negócios, em parceria com a Bunge, líder global em agronegócio, alimentos e ingredientes, e com o Hub CNA Digital, anunciam o lançamento do estudo que mostra a evolução das agtechs na América Latina. Ao todo, foram mapeadas 978 startups – 809 delas brasileiras – que estão ativas e utilizam diferentes tecnologias para aumentar a capacidade produtiva do agronegócio e entregar as melhores soluções e produtos para os produtores e consumidores.
O levantamento aponta que elas estão divididas em 22 categorias, como biotecnologia (10,1%); backoffice para agronegócios (7,7%); vant e geoprocessamento (7,6%); gestão da pecuária (7,6%); gestão e análise de plantio (7,2%); nutrição de plantas (6,6%); comercialização de insumos agropecuários (6,1%); proteínas e bebidas alternativas (6%); máquinas e equipamentos para produção (5,4%); serviços financeiros (5,1%); agricultura de baixo carbono (3,7%); agricultura vertical e indoor (3,5%); controle biológico (3%); comercialização de produtos agropecuários (2,9%); farm-to-table (2,8%); processos logísticos (2,7%); rastreabilidade e certificação (2,7%); transformação de resíduos (2,7%); gestão da irrigação (2,6%); informações e conteúdos educativos (2,5%); seguro e risco agrícola (1,3%) e conectividade no campo (0,5%).
Em relação ao ano de fundação das startups, cerca de 39,1% delas foram criadas entre 2019 e dezembro de 2023. Já as principais categorias de agtechs ativas fundadas de 2020 a 2023 foram biotecnologia (11%); serviços financeiros (10%); comercialização de insumos agropecuários (7%); gestão e análise de plantio (7%) e agricultura de baixo carbono (7%).
“Os dados apresentados pelo estudo deixam claro o papel fundamental do Brasil no ecossistema de inovação do agronegócio latino-americano. O surgimento e a evolução das agtechs representam uma revolução no mercado agro, pois trazem inovações que não apenas impulsionam a eficiência e a produtividade agrícola, mas também desempenham uma função importante nas agendas de sustentabilidade ambiental e segurança alimentar, contribuindo para o intenso desenvolvimento do setor”, analisa Guilherme Massa, cofundador da Liga Ventures.
Deals das agtechs
Sobre os investimentos no segmento, foram realizados 116 deals entre janeiro de 2022 e dezembro de 2023, que movimentaram mais de R$ 3 bilhões. As startups de serviços financeiros (26%) e agricultura de baixo carbono (22%) tiveram a maior participação no montante total investido no período.
O estudo traz também os países com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está o Brasil (83%), seguido pela Argentina (5%), México (4%), Colômbia (4%) e Chile (3%). Já com relação aos estados brasileiros com maior representatividade, temos São Paulo (41%), Paraná (11%), Minas Gerais (10%), Rio Grande do Sul (10%) e Santa Catarina (7%).
“Os dados da pesquisa sobre as startups que nasceram nos últimos três anos confirmam a tendência de digitalização dos processos de comercialização e de serviços financeiros no agro, segmentos que a Bunge já vem fortalecendo com o desenvolvimento de soluções em processos de inovação aberta que desafiam nossos negócios para impulsionar a transformação do setor e dar respostas rápidas a mercados altamente dinâmicos”, afirma Braian Souto, líder global de Business Technology e Estratégia de Ecossistemas da Bunge. “O mapeamento aprofunda nosso conhecimento sobre o ecossistema de agtechs na América Latina e abre portas para novas oportunidades de interação e colaboração”, completa.
Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das agtechs mapeadas, onde 29% são emergentes, 33% estão estáveis, 27% são nascentes e 11% delas disruptoras. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se Data Analytics (38%), Banco de Dados (20%), Big Data (18%), Geolocalização (13%) e Sensores (12%). Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 78% das startups têm como foco o mercado B2B.
“O mapeamento e a análise das startups do setor agropecuário surgem como ferramentas estratégicas, proporcionando ao Sistema CNA/Senar, por meio do seu Instituto, ter uma visão abrangente das soluções inovadoras disponíveis no mercado, além de oferecer uma compreensão das tendências e necessidades emergentes do setor e permitirá que nós, do Sistema, estejamos constantemente à frente, ajustando nossas estratégias e operações para superar as expectativas dos produtores rurais”, afirmou a coordenadora do Hub CNA Digital, Danielle Leonel.
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