* Por Eduardo Tardelli
A despeito do difícil momento para as micro e pequenas empresas por conta das dúvidas econômicas envolvendo a pandemia da covid-19, o movimento de fusões e aquisições de grandes empresas foi intensificado no último ano.
Segundo pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PwC), uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo, de janeiro a outubro de 2020, foram registradas 802 transações somente no Brasil, um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Prova disso é que o ano de 2021 já começou agitado no mundo dos negócios. A Fiat Chrysler (FCA) e a Peugeot-Citroën (PSA), por exemplo, anunciaram uma união de proporções gigantescas, criando a quarta maior fabricante de automóveis do mundo, a chamada Stellantis. Outras movimentações substanciais foram feitas pelo Grupo NotreDame Intermédica (GNDI), que anunciou a compra do Grupo Serpram por R$ 170 milhões, ampliando sua carteira de clientes; enquanto a Locaweb, empresa brasileira de hospedagem de sites, por sua vez, comprou a plataforma de pagamentos online Vindi por R$ 180 milhões.
E, seja para ampliar sua relevância no mercado, adaptar a demanda ou atender uma maior cartela de clientes (ou novos nichos), todos esses movimentos têm ao menos duas coisas em comum: o grande valor financeiro envolvido quando uma empresa se funde ou adquire outra; e a necessidade e importância de realizar uma due diligence antes de fechar um negócio.
Afinal, quando há muito dinheiro em jogo (ou uma quantidade suficientemente importante para um ou ambos lados) qualquer movimento preventivo de fraudes ou que minimizem os riscos são (mais do que necessárias) essenciais para que o negócio não traga mais prejuízos do que benefícios.
Lembro, porém, que nem todas as transações necessariamente precisarão de uma investigação profunda, mas devido ao aumento do número de atos ilícitos, ainda mais intensificados após os escândalos do caso Lava Jato, as práticas investigativas se tornaram indispensáveis para toda e qualquer empresa. Ter em mãos informações confiáveis e relevantes sobre pessoas físicas e jurídicas não é um processo tão simples quando se trata de multinacionais com diversas pessoas relacionadas.
Para otimizar essas checagens, muitas empresas têm investido em plataformas de mineração de dados que, como o próprio nome sugere, consiste em investigar informações da internet, tornando as buscas muito mais rápidas e assertivas. Por meio de um número de CPF ou CNPJ, algumas soluções têm acesso a mais de milhares de fontes de consultas nacionais e internacionais, permitindo gerar relatórios completos para análise e tomada de decisão; facilitando também o monitoramento dessas informações e dados, verificando as mudanças ao longo do tempo.
Dessa forma, seja no fechamento de uma nova parceria ou na aquisição de um bem, investigação é uma realidade cada vez mais presente no mundo corporativo que pode evitar desgastes e maus negócios! Use a tecnologia a seu favor!
Eduardo Tardelli é CEO da upLexis, empresa de software que desenvolve soluções de busca e estruturação de informações extraídas de grandes volumes de dados (Big Data) extraídos da internet e outras bases de conhecimento.