Com uma carreira meteórica ligada ao mercado de criptomoedas, Sam Bankman-Fried ficou conhecido pela fundação de sua empresa, a FTX. Fundada em 2019, sua corretora foi um sucesso desde seu lançamento e contou com sócios como Tom Brady e Gisele Bündchen. Sam foi preso no final de 2022, acusado de fraudes e teve seu patrimônio reduzido em mais de 94%.
A FTX, que focava em derivativos de criptomoedas, atraiu milhares de investidores mundo afora e passou a figurar entre as cinco maiores do mercado. Antes das acusações de fraude, Sam era apontado entre os grandes nomes ligados a criptomoedas, dividindo espaço com nomes de peso como Changpeng “CZ” Zhao, fundador da Binance, e Brian Armstrong, da CoinBase.
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Além das sérias acusações fraudulentas, Sam sempre chamou atenção do mercado por movimentos polêmicos. O fundador da FTX se autodeclara pertencente ao movimento chamado altruísmo efetivo, que busca ajudar outras pessoas de forma direta. Por isso, doou grande parte de sua fortuna para políticos do Partido Democrata dos Estados Unidos.
Do auge à queda da FTX e de Sam Bankman-Fried
Formado em física pelo MIT, Sam Bankman-Fried aprendeu sobre ações e fundos de investimentos em 2014, enquanto trabalhava em uma empresa que atuava no centro financeiro de Wall Street, logo percebeu que o futuro do mercado financeiro não seriam propostas já tradicionais, mas sim moedas digitais. Em 2017, ele criou sua primeira empresa de negociação de criptomoedas, a Alameda Research. E, em 2019, a corretora FTX.
A FTX nasceu com a proposta de simplificar o mercado de criptomoedas, oferecendo facilidades entre as transações, aplicativos de fácil utilização e taxas muito abaixo de outros players do mercado. A proposta agradou desde jovens investidores até os mais experientes do mercado e contou com grandes celebridades como sócios, como Tom Brady e Gisele Bündchen e parceiros, como o jogador de basquete Stephen Curry.
Em 2022, a FTX já se consagrava como a segunda maior corretora de criptomoedas do mundo, mas a queda da empresa começou quando veio a público o balanço da Alameda Research, empresa do grupo. Documentos declaravam que cerca de 30% de suas reservas eram de FTT, token emitido pela própria FTX. A informação gerou temor em investidores, causando pressão vendedora no FTT e uma onda de saques na corretora, que logo precisou congelá-los.
“A FTX Trading anuncia hoje que a West Realm Shires Services, Alameda Research e aproximadamente 130 outras empresas afiliadas ao Grupo FTX começaram voluntariamente o processo de falência sob o capítulo 11 do Código de Falência dos Estados Unidos no Distrito de Delaware”, anunciou a empresa em um comunicado oficial.
Os processos de falência do Capítulo 11 nos Estados Unidos são solicitados quando ainda existe esperança por parte da empresa que seus débitos sejam pagos e que a reestruturação seja um caminho viável. As empresas que declaram falência pelo capítulo 11 podem continuar suas operações do dia a dia.
Outras polêmicas ligadas a Sam Bankman-Fried
Ainda envolvendo a FTX, vazaram documentos que mostravam que a corretora emprestava dinheiro para a Alameda Research, também do grupo do investidor, para realizar investimentos externos. O movimento não foi visto com bons olhos pelos sócios da FTX, que entendiam que seu dinheiro estava sendo usado sem a supervisão necessária.
O executivo se mostrava como um figurão do mundo financeiro, sempre visto de bermuda em grandes eventos, chegando a dividir palco com o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e Tony Blair, então primeiro-ministro do Reino Unido, usando roupas informais. Era comum encontrar nas redes sociais de Sam fotos dormindo no escritório, em tom de ironia, e encontros com investidores realizados enquanto o executivo jogava em seu computador.
Residente das Bahamas, e tendo o país como base da FTX, Sam Bankman-Fried teve sua prisão decretada no dia 11 de dezembro de 2022, ele se declarou inocente e agora responde ao processo em regime fechado. Na quinta-feira (10), Bankman-Fried foi ao Twitter pedir desculpa. “Sinto muito. Eu ferrei com tudo, e deveria ter feito melhor”.
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