A Se Candidate, Mulher! é uma startup de recursos humanos especialista em conectar mulheres a empresas ou promovê-las dentro delas. “O projeto foi uma forma que encontrei de me auto ajudar”, diz Jhenyffer Coutinho, fundadora e CEO da Se Candidate, Mulher!. “Sempre que procurava uma vaga e via aqueles pré-requisitos eu fazia uma lista com os itens que cumpria e quando não cumpria um único item, simplesmente deixava de me candidatar”.
A CEO conta que, com o tempo, percebeu que alguns pré-requisitos eram mais importantes do que outros e que na verdade precisava se candidatar para a vaga e reforçar as habilidades que já possuia para conseguir o emprego desejado. “E foi assim, com objetivo de me encorajar e incentivar outras outras mulheres a se inserir ou recolocar no mercado de trabalho, que a startup Se Candidate, Mulher! nasceu”, conta.
Como funciona a plataforma da Se Candidate, Mulher!
A startup funciona de duas formas: para as empresas ela oferece a Talentos SCM, plataforma focada em employer branding, atração e retenção de talentos, que vão desde serviços de recrutamento a tecnologia para contratação diversa.
Para as mulheres, a startup oferece acesso à plataforma SCM Academy, onde elas recebem ferramentas para encarar a jornada profissional com confiança e aprendem sobre temas como currículo, LinkedIn, autoconhecimento, síndrome do impostor, oratória e desenvolvimento de carreira.
Como tudo começou: uma história que precisa ser contada
Jhenyffer nasceu quando sua mãe tinha apenas 14 anos e sua infância foi humilde. Concluiu os estudos na rede pública e posteriormente se formou através do programa SISU, em administração de empresas. “Muitos diziam que eu não conseguiria ser alguém na vida, mas ela, minha mãe, sempre me ensinou a lutar pelos meus sonhos e objetivos”, comenta.
Pela primeira vez, Coutinho falou sobre uma parte da sua vida que, até então, não tinha revelado publicamente. “Eu fui abusada na minha infância e depois na faculdade. Os abusos aconteceram de formas diferentes e me causaram traumas que ainda estou aprendendo a lidar”, conta. “As pessoas sempre perguntam o motivo da vítima nunca denunciar, mas esquecem ou fingem não ver tudo que vem antes e depois da denúncia. Não deveríamos perguntar o porquê das vítimas não denunciarem e sim o porquê disso acontecer com frequência e os culpados quase sempre saírem impunes”.
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De acordo com um estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, com o apoio da Lloyd’s Register Foundation, LRF, e o Instituto Gallup, cerca de 23% das pessoas empregadas já sofreram algum tipo de violência e assédio no local de trabalho, seja físico, psicológico ou sexual.
Jhenyfer revela que também sofreu assédio no mercado de trabalho e durante muito tempo foi insegura e submissa. Além disso, ela passou a se masculinizar para participar de eventos em que o público era quase que predominantemente masculino para se sentir pertencente àquele lugar. “Com o tempo eu passei a me posicionar e a me conhecer melhor, fui deixando a submissão de lado e passei a me impor. Minha história definitivamente começou de um jeito errado, mas tem dado certo”, afirma.
Você não está sozinha. Se Candidate, Mulher!
A Se Candidate, Mulher! está presente em todas as regiões do Brasil e já impactou mais de 15 mil mulheres diretamente. E, em meio a crise que o mercado de startups está vivendo, em 2022 a startup recebeu um investimento de R$ 1,2 milhão para escalar o negócio.
Segundo a CEO, o maior desafio que enfrentou até o momento foi conseguir passar por esse momento difícil em que não só a Se Candidate, mas o ecossistema de startups como um todo também está passando. “Esse aporte veio em uma boa hora e sem dúvidas vai nos ajudar a escalar cada vez mais. Além disso, o recurso que adquirimos também mostra para o mercado que não estamos de brincadeira e que negócios sociais também são rentáveis”.
Os próximos passos da empresa incluem lançar uma versão Beta da plataforma que está em fase de testes e se consolidar como a única plataforma de empregabilidade feminina. Além disso, a startup pretende escalar, alcançar, capacitar, recolocar cada vez mais mulheres no mercado de trabalho. “Quero mostrar para todas as mulheres que elas não estão sozinhas e que podemos juntas conquistar os nossos sonhos e objetivos”, finaliza Coutinho.
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