Durante a Campus Party, o Startupi liderou uma movimentação online que pedia que o empresário Eike Batista colocasse mais 12 milhões no programa Start-Up Brasil –a tag que se espalhou pelo Twitter foi a #EikePõeMais12. O apelo foi feito para o Eike que existe em cada um de nós e para outros Eikes que temos na florescente indústria de inovação no Brasil.
Eike não colocou mais 12 milhões, mas a gente separou outras duas opções mais baratinhas para ele ajudar a fomentar o mercado local. Nada original, tudo já foi feito lá fora e agora existe a oportunidade de fazer isso pelo Brasil.
Vamos às opções?
1) Que tal comprar uma casa nas cidades-chave brasileiras para receber startups sem cobrar aluguel?
Brad Feld, da aceleradora TechStarts, fez isso em Kansas City, nos Estados Unidos, e me inspirou a produzir esse post. Kansas City é a primeira cidade norte-americana a receber a internet ultrarrápida do Google, a Google Fiber, e Brad comprou uma casa de três quartos por lá na última segunda-feira. Segundo o The Next Web, ele permitirá que startups usem o espaço de graça para que possam experimentar e trabalhar com acesso à rede do Google Fiber (leia a matéria do The Next Web aqui, em inglês).
Que tal comprar uma casa em cada uma das cidades-sede da Copa? As startups poderiam se instalar, analisar os problemas e necessidades locais para criar grandes negócios.
2) Que tal financiar uma linha de microempréstimos para jovens empreendedores?
Ser jovem, ter uma ideia na cabeça e nenhum dinheiro na mão não é tão empolgante quanto o filme “A Rede Social”, sobre a criação do Facebook, faz parecer. Uma pesquisa feita na Campus Party mostrou que, enquanto 40% dos jovens presentes queriam abrir um novo negócio nos próximos anos, o principal fator que os segurava era a falta de recursos financeiros.
Que tal facilitar isso e criar microempréstimos? A ideia já foi colocada em prática no Reino Unido, onde o governo criou um esquema de 82 milhões de libras em empréstimos para jovens de 18 a 24 anos que querem criar seus próprios negócios (leia a notícia da BBC sobre o assunto aqui). Não precisa ser um valor tão alto e não precisa vir do governo.
As duas opções exigem organização, dinheiro e comprometimento, mas isso não é nada novo aos “Eikes” que temos espalhados pelo Brasil. E ai, vão encarar?