* Por Marco Zolet
Que o ano de 2020 mudou o mundo ninguém pode negar. Todos os setores foram de alguma maneira impactados e, em todos os casos, tiraram lições que serão levadas para o resto da vida. No setor supermercadista, foram muitos os aprendizados, tanto para os clientes quanto para os varejistas.
Em casa, isolada boa parte do tempo por causa da pandemia, a população leu mais notícias, assistiu mais TV, incorporou novos hábitos de ver vídeos e ouvir podcasts. As pessoas mudaram a forma de consumir conteúdo, de se relacionar e de comprar.
A necessidade, combinada com a intensificação da vida doméstica, fez com que mais de 7 milhões de brasileiros comprassem online pela primeira vez em 2020. A pandemia aumentou a “urgência” do consumidor a se adaptar aos novos modelos de compras – e no setor supermercadista esse movimento foi intensificado. A limitação de circulação mudou o comportamento do cliente do varejo offline, que até então fazia questão de ir ao mercado para fazer ele mesmo suas compras. Com as regras do isolamento, foi necessário abandonar velhos estigmas e incorporar novos hábitos na jornada de compra à distância.
Os consumidores esperavam que as marcas os ajudassem a passar por esse momento com mais tranquilidade e clareza. As marcas entenderam e atenderam esta necessidade. Tradicionalmente analógico, o varejista de supermercado teve que resolver inúmeras pendências do setor, em tempo recorde. As mudanças exigiram uma guinada digital que passou pela escolha de uma plataforma online até a revisão de toda a jornada de compra.
O varejo como um todo foi obrigado a se ressignificar. A questão não era mais inovar, era preciso partir do básico: definir a presença digital, a forma como o cliente acessa os produtos, até a criação de um e-commerce propriamente dito. Quem não tinha, se viu obrigado a criar um, já considerando uma análise de dados personalizada. O varejista teve que entender novamente o gosto do cliente – considerando preferências, localização, formas de reduzir o tempo de entrega, por exemplo.
Se os grandes varejistas, já adaptados em diversos canais, se viram obrigados a criar novas soluções, os menores, que representam a maior parcela do mercado, precisaram encontrar parceiros já consolidados com uma solução rápida para digitalização do negócio. Ferramentas como o Supermercado Now aceleraram esse processo em uma década – oferecendo, em alguns dias ou meses, uma solução completa com e-commerce, identidade visual online, know-how de escolha e entrega dos itens, apoio no pós-venda, além de uma base de dados para o varejista entender onde posicionar sua marca.
A compra consciente foi estimulada, como forma de incentivo ao varejo local. Os comércios de bairro precisavam sobreviver. Com a pandemia foi possível conhecer mercados menores, com qualidade impecável de produtos e bom preço. Os mercados locais ganharam visibilidade entrando para o digital, com opções mais rápidas e taxa de entrega menor. Era uma demanda represada e nunca tão necessária como no último ano.