O avanço e a democratização da tecnologia nos últimos tempos têm tornado cada vez maior a necessidade de digitalização dos negócios. Em 2020, o comércio on-line registrou uma expansão de mais de 75%, conforme aponta o relatório Mastercard SpendingPulse. E a expectativa permanece alta: para 2021, a aposta da plataforma de pesquisa Ebit | Nielsen é de que o e-commerce nacional cresça mais 26%.
Para aproveitar todo esse potencial disponível na internet, no entanto, é preciso ter alguns cuidados e traçar estratégias antes de iniciar uma jornada on-line. Por isso, para este Dia Mundial da Internet (17/05), Guilherme Hernandez, fundador e CEO da plataforma digital de vendas e gestão global Kyte, traz seis dicas para quem quer começar a vender on-line. Confira:
1 – Faça um bom planejamento:
Para iniciar qualquer negócio, seja ele físico ou on-line, traçar um bom planejamento é algo básico. Definir qual será o produto comercializado, o nicho de atuação e o público-alvo, por exemplo, são os primeiros passos que um empreendedor deve dar. A partir disso, pode-se fazer uma pesquisa mais ampla para identificar concorrentes, possíveis parceiros e fornecedores, além de entender melhor os interesses e as necessidades de potenciais clientes.
“Conhecer seu público é um fator essencial em qualquer cenário, ainda mais quando falamos de iniciativas digitais. Afinal, ao decidir entre vender apenas para pessoas do seu bairro ou para todo o Brasil, por exemplo, você muda completamente as estratégias que deverá aplicar”, explica Guilherme Hernandez.
2 – Cuide da logística:
A logística do comércio on-line é um fator que demanda uma análise cuidadosa por parte dos empreendedores, considerando que o envio das mercadorias e o valor do frete impactam diretamente na experiência do consumidor. “A cobrança de uma taxa muito alta para envio pode levar o cliente a desistir da compra, e atrasos ou danos na entrega podem gerar reclamações que prejudicam a imagem do comerciante”, aponta o CEO da Kyte.
É possível oferecer envio via transportadora ou Correios. Em geral, para iniciantes, o segundo serviço é mais vantajoso — mas é importante avaliar os valores, que variam de acordo com a localização. Também é necessário pensar em como se dará a cobrança do frete: alguns comerciantes preferem cobrar o valor real desse transporte, enquanto outros optam por embutir uma pequena taxa extra em todas as compras para oferecer frete grátis. Segundo Hernandez, “tudo isso precisa ser analisado detalhadamente para que se chegue à melhor opção para o cliente sem comprometimento do lucro do negócio”.
3 – Pense nos meios de pagamento:
Além da logística do transporte, deve-se dar uma atenção especial à escolha dos mecanismos de pagamento para as vendas on-line. O mais interessante é que sejam oferecidas diversas possibilidades para os consumidores, aumentando as chances da efetivação de compra.
Atualmente, boleto, cartões de crédito e débito, carteiras virtuais e Pix são algumas das escolhas mais populares. Para oferecê-las, pode-se trabalhar diretamente com administradoras de cartões — gateways de pagamentos —, ou atuar com intermediadores, como o Mercado Pago e o PayPal, por exemplo. O ideal é avaliar os prós e os contras de cada opção e escolher aquela que se encaixa melhor na realidade do comércio.
4 – Esteja atento ao gerenciamento de estoque:
Assim como em uma loja física, fazer o controle de estoque em negócios on-line requer muita atenção. Caso contrário, você pode acabar vendendo mais produtos do que efetivamente tem disponível, gerando um problema com seus consumidores.
“Para que você ofereça as mercadorias, é indispensável ter a certeza de que terá aquela quantidade disponível para pronta entrega. Ter o controle de estoque em dia e retirar os produtos em falta do seu catálogo são pontos essenciais para o bom funcionamento das vendas”, reforça Hernandez.
5 – Aposte em uma plataforma digital:
Outra dica valiosa para quem quer começar a vender na internet é apostar em uma plataforma digital de vendas e gestão. Com essa ferramenta, o comerciante conseguirá criar seu espaço on-line de uma maneira muito mais profissional, utilizando recursos como catálogo e lojinha virtual. Além disso, dependendo da plataforma escolhida, ele poderá ter outras funcionalidades à disposição, como cadastro de clientes, controle de estoque, emissão de recibos, acesso a relatórios estatísticos e integração com redes sociais e meios de pagamento.
Como resultado, conseguirá vender mais, gerenciar melhor e tomar decisões certeiras. “Hoje, já existem plataformas que oferecem esses recursos a um preço bem acessível para quem está começando”, comenta o CEO da Kyte.
6 – Esteja em múltiplos canais:
Contar com uma plataforma de vendas é fundamental para garantir um negócio mais profissional e organizado. No entanto, o ideal é não ficar restrito a apenas um espaço. Para explorar todo o potencial que a internet oferece, a melhor opção é apostar em diversos recursos disponíveis, criando perfis nas redes sociais — como Instagram e Facebook, por exemplo —, e integrando-os com sua plataforma e lojinha virtual.
Essas redes ajudam em temas como visibilidade da marca, criação de promoções, fidelização de clientes, atendimento aos consumidores, entre outros. O CEO da Kyte também destaca que é importante oferecer um canal de comunicação via aplicativo de mensagens instantâneas para que o cliente entre em contato e tire dúvidas de forma ágil e personalizada, com um atendimento próximo daquele que seria feito presencialmente. A tendência, conhecida como comércio conversacional, é crescente: o contato para compras via WhatsApp, por exemplo, cresceu 118% em 2020, segundo o relatório CX Trends 2021.