Mesmo com altos e baixos, o Bitcoin é uma criptomoeda popular e cada vez mais pessoas pensam em entrar nesse universo. Entretanto, por ser algo relativamente novo, com termos próprios e diferenças básicas em comparação com o mercado financeiro tradicional das bolsas de valores, muita gente ainda se sente insegura para dar seus primeiros passos.
Pensando nisso, a Bitso, plataforma líder de criptomoedas na América Latina, listou cinco informações importantes e curiosas sobre esse ecossistema financeiro e seu principal ativo, o Bitcoin, para ajudar você a se familiarizar com a criptosfera.
1) O Bitcoin tem muita tecnologia e é armazenado carteiras digitais
Cada Bitcoin existe dentro de uma cadeia de dados, o blockchain, que funciona como um livro público gigantesco de registro de transações (imagina, ele tem todas as informações de cada Bitcoin dentro dele!). A ideia do blockchain surgiu para fazer valer o grande diferencial do Bitcoin, que é a liberdade. Ele fica distante de políticas monetárias e não tem nenhum tipo de lastro em outros ativos.
É independente, não é emitido por Bancos Centrais e nem regulado por governos. Para isso, ele precisa dessa tecnologia pública em que a própria comunidade cuida da emissão e dos registros. E isso vai além das transações. As carteiras virtuais, por exemplo, funcionam como endereços únicos protegidos por uma chave privada, só sua, personalizada, que fica dentro do blockchain e que apenas a pessoa dona da carteira conhece. A tecnologia do blockchain veio para ficar: segundo a empresa de consultoria Gartner, até 2023, essa tecnologia dará suporte ao movimento global e permitirá o rastreamento de US$ 2 trilhões entre bens e serviços anualmente.
2) O Bitcoin funciona como “ouro digital”
O Bitcoin foi criado para ser limitado, ou seja, não dá para imprimir com a mesma lógica do dinheiro comum. Ele tem “teto” de criação de novas unidades: a quantia de Bitcoin a ser garimpado é de 21 milhões de unidades e, assim, ele é deflacionário. Essa escassez que simula um recurso natural é o que faz do Bitcoin o “ouro digital”. Quanto mais Bitcoins são minerados, mais difícil fica de se extrair novas unidades. A emissão diária dessa criptomoeda ainda é programada para cair pela metade a cada quatro anos em média – são os chamados “halvings”, e o último deles aconteceu em maio de 2020.
3) As transações com Bitcoins são rastreadas
Quem diz que Bitcoin é um ativo inseguro ligado a atos criminosos precisa repensar. De acordo com a empresa Chainalysis, especialista em dados de blockchain, apenas 0,34% das atividades com a criptomoeda podem ser consideradas suspeitas. Isso porque nenhum criminoso quer deixar rastros e, como vimos quando falamos da tecnologia, toda transação com Bitcoin é rastreável. Cada bloco da cadeia chamada de blockchain carrega informações da transação atual e de todas as anteriores. Assim, cada vez que um Bitcoin é enviado, o rastro aumenta. E caso você esteja se perguntando, não, não dá para “apagar”. Para adulterar ou invalidar uma transação no blockchain, é necessário um poder computacional enorme, de alto custo e complexidade.
4) Volátil? Sim, mas uma ideia revolucionária
Quem acompanha sabe que o Bitcoin oscila de preço. E muito! Mas isso não exclui o fato de ele estar crescendo e se solidificando. Se compararmos o cenário de cripto atual com o de cinco anos atrás, dá para ver que o mercado tem uma curva de crescimento bem interessante historicamente. O fechamento do 1º semestre de 2021 mostrou que o Bitcoin teve uma alta de 19%, se posicionando como o melhor ativo do período no Brasil. Foi o único a superar o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), que subiu 15% no primeiro semestre. Os riscos existem? Sim. Tanto no mercado tradicional quanto no de criptomoedas, as pessoas estão sujeitas a riscos. Por isso, é muito importante conhecer bem e se informar. Recentemente, tanto a Bitso quanto outras plataformas de criptomoedas presentes no Brasil tiveram rodadas de investimentos muito bem-sucedidas e se tornaram unicórnios. Isso só mostra o quanto essa ideia revolucionária tem potencial.
5) Criptomoedas são o futuro
De acordo com o mestre em Economia pela Escola Austríaca, Fernando Ulrich, as criptomoedas são as maiores inovações tecnológicas desde a criação da Internet. Elas têm potencial para mudar o mundo.
De fato, elas surgiram com o propósito de substituir as moedas no cotidiano das pessoas, mas foram além e abriram espaço para um grande ecossistema. Cada criptomoeda tem seu próprio blockchain e alguns trazem grandes inovações, como a possibilidade de armazenar contratos inteligentes e tokens não fungíveis – as famosas NFTs. Outras novidades irruptivas que vieram da criptosfera são o Internet Computer (ICP), Polkadot (DOT), Solana (SOL) e os protocolos DeFi. Tudo isso mostra que o Bitcoin, as criptomoedas e tudo que veio com elas está aqui para ficar. Elas certamente vão nos ajudar a repensar noções de valores e de como encaramos o sistema financeiro.