A internet trouxe a possibilidade de tornar seu negócio internacional para o mundo dos negócios, assim, toda ideia ou planejamento não deve ser programado para estar presente apenas em seu país de origem. Expandir as operações para outros países é um passo importante para os negócios, e, no geral, oferece retorno positivo aos empreendedores que se arriscam da maneira certa.
De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mais de 50% das startups tornam suas operações globais no primeiro ano de vida. Calcula-se que esses negócios registram uma taxa de crescimento de 20% ao ano nos primeiros três anos de operação.
“Mais do que só dar sinais positivos para futuros investidores, as startups que partem para um processo de internacionalização ganham a chance de aumentar a carteira de clientes, conhecer soluções globais, podendo encontrar a possibilidade de parcerias trianguladas em outros países, além, é claro, dos ganhos em dólar”, explica Guilherme Amorim, head de parcerias da Wayra Brasil, hub de inovação aberta da Vivo.
Por onde começar? Quais caminhos os empreendedores devem tomar ao decidir internacionalizar? Guilherme Amorim destaca 5 dicas para iniciar a expansão de uma startup para outros países. Confira!
1. Avalie o cenário internacional
Definir a expansão sem antes verificar o contexto, tanto macro quanto micro, é ineficiente. Realizar esse benchmarking é importante para entender o que o mercado está buscando em determinado momento. “Uma boa forma de fazer isso é acessar relatórios de tendências de consultorias como a Gartner, Forrester, Ovum ou IDC para conferir quais dos insights mapeados por elas podem ter conexões com o negócio da startup em questão. Além disso, é possível avaliar o mercado externo e as soluções criadas no seu segmento de atuação para que não haja frustração e uma tentativa de decolagem precoce”, explica o executivo.
2. Entenda seus stakeholders
Os públicos de interesse em nível global podem ir de executivos de alto escalão a investidores-anjo ou aceleradoras. É necessário entender bem qual o modelo de negócios e quais serão os objetivos a serem alcançados em curto, médio e longo prazo para alinhar estratégias e ações de acordo com as expectativas de cada stakeholder.
3. Avance em direção ao mercado
Essa estratégia de ação, também conhecida como GoToMarket, deve ser amparada em duas perguntas: O que? e Quem? Isso atrai olhares do mercado. “A presença da startup em ambientes internacionais, que a coloca em concorrência com soluções globais, sinaliza aos investidores que os empreendedores têm interesse em tomar a dianteira em potenciais parcerias e ofertas combinadas com outros players do mercado, o que é visto de maneira muito saudável por VCs e CVCs”, conta Amorim.
4. Adapte sua oferta
“Acessar o mercado global não é uma questão apenas de querer, mas de se preparar para isso”, explica Guilherme. Mercados diferentes exigem estratégias alinhadas a cada contexto; estudar as demandas de cada região pode ampliar as oportunidades de identificação e fidelização dos públicos.
5. Aposte em parceiros regionais
Além de conhecer novos públicos, a fase da internacionalização é essencial para criar oportunidades de conexão com parceiros regionais. Essas parcerias mostram o amadurecimento do negócio em âmbito global e auxiliam na construção e consolidação de uma cadeia de valor mais diversificada, capaz de atender às necessidades de cada público interessado.