Em comemoração aos cinco anos do Cubo Itaú, o hub de inovação realizou mais uma vez o Cubo Conecta, evento que aproxima startups, investidores e grandes empresas. A abertura foi conduzida pelos co-heads do hub Renata Zanuto e Pedro Prates e contou com a participação de Ricardo Guerra, CTO do Itaú Unibanco, e Anderson Thees, managing partner da Redpoint eventures que, juntos, fizeram uma retrospectiva e falaram sobre o futuro da organização.
O espaço, que foi fundado em 2015 pelo Itaú Unibanco e pela Redpoint eventures, tem como objetivo de fomentar o ecossistema de inovação e startups aqui no Brasil.
Ricardo contou que a ideia de criar uma startup pelo Itaú foi bem desafiadora, mas que já havia uma intuição de que o projeto era uma oportunidade de investimento em empreendedorismo e, ao mesmo tempo, de aprendizado em relação a metodologias e novas tecnologias.
Ao longo dos anos, portanto, a intuição foi comprovada com o sucesso do hub de inovação e o impacto que ele levou ao ecossistema trazendo, também, frutos ao banco.
Para comprovar essa relevância, Renata compartilhou alguns números: em dois anos, o Cubo Itaú contava com mais de cinquenta startups, tinha sido responsável por mais de 1300 oportunidades de emprego geradas e já acumulava mais de 65 mil participantes de eventos organizados pelo espaço.
Anderson contou que a rapidez no crescimento e consolidação do hub nesses anos iniciais superaram as expectativas. “A gente viu que a gente acertou no projeto e a gente ocupou um cargo importante no ecossistema. Acabou resolvendo mais coisas que a gente imaginava originalmente”.
Isso os levou a pensar em como atender mais startups, mantenedores e o ecossistema como um todo em relação a conteúdo e educação. Assim, em 2018, com hipóteses e modelos de negócio confirmados, o Cubo viu a oportunidade de ampliar seu alcance e criou novos serviços para atender o ecossistema de startups.
No digital, o hub lançou uma plataforma de conexão entre talentos e startups que, atualmente, já conta com mais de 35 mil talentos em sua base, e uma plataforma de conexão de grandes empresas com desafios e startups que pudessem resolvê-los.
“A gente cresceu de forma digital e também cresceu de forma física. Passamos de um prédio que tinha seis andares e cabiam cinquenta startups para um prédio muito maior, de treze andares, também na Vila Olímpia. Ou seja, mudamos de patamar de fato e o ano de 2018 foi o ano de virada”, afirmou Pedro.
Esse novo momento do Cubo, permitiu que o hub chegasse em 2019 com mais de 350 startups no portfólio. Ao todo, essas empresas receberam mais de R$ 480 milhões de investimentos e tiveram um faturamento de mais de R$ 540 milhões.
Já em 2020, o ano da transformação digital, Pedro contou que foi o momento de olhar para dentro, tomar decisões difíceis, repensar modelo de negócio e repensar como levar valor ao consumidor final.
Diante desse cenário, Renata destacou o espírito de superação entre os atores desse ecossistema. Das startups que compõem o portfólio do Cubo, 50% cresceram em receita, colaboradores e clientes. Em relação a faturamento, elas tiveram entre janeiro e agosto R$ 368 milhões e contaram com mais de R$ 257,7 milhões em investimentos no último ano.
Em relação aos próximos anos, Pedro contou que os aprendizados de 2020 vieram mostrar a importância da missão do Cubo Itaú. “Esse ano a gente começou a nossa transformação digital, mas ainda tem muita pela frente. A gente ainda vai agregar muita inteligência, muita conexão. A gente vai expandir e muito nossas conexões digitais também”, afirmou ele também em relação a nova tendência que é o modelo híbrido.
Anderson também acredita que os próximos anos devem vir acompanhados de um ciclo positivo, tanto para o ecossistema como para o Cubo Itaú. Para ele, a aceleração e adoção do mundo digital é o começo disso. “A gente não está sendo puxado para frente, a gente está sendo empurrado para o futuro. Todo mundo, até quem era mais reativo à adoção de tecnologias digitais, por conta da pandemia teve que aprender, está usando. Então acho que a gente vai dar um salto muito grande”.
Ricardo complementou dizendo que este é momento de investir para sair forte na frente e entender quais são as oportunidades que estão vindo. Ainda, sobre a transformação digital, ele destacou que em sua opinião as grandes empresas ainda não começaram esse processo de transformação de fato, restando, portanto, muito caminho para percorrer.
Ainda segundo ele, é importante que elas observem o modelo de trabalho das startups em questão de competição, colaboração, influência e cadeias de valor mais complexas para aprender a se adaptar e entregar mais valor ao consumidor a partir disso.
“Grandes empresas precisam aprender que o consumidor é mais forte que a indústria. De fato, para você continuar competindo e continuar trazendo valor para seus clientes, você precisa olhar para o lado, entender que tipo de associação você tem que fazer, que tipo de expansão da sua oferta de valor você tem que fazer, e aprender o tempo todo a evoluir e aprender o tempo todo a transformar”, destacou.
Com isso, ele encerrou com a previsão de mais crescimento, mais oportunidades e mais resultados positivos para os próximos cinco anos de Cubo Itaú. “Temos muita confiança de que a gente ainda vai se divertir muito, vai fazer muito negócio e vai aprender muito olhando para frente”.