Com atuação direcionada para solucionar lacunas do sistema de saúde no enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), a startup Klivo recebeu sua rodada Series A no valor de R$ 45 milhões. Quem lidera o aporte foi a Valor Capital Group, dentro de sua nova iniciativa, o fundo IV.
Participam também outros grupos como Civilization Ventures, Tau Ventures e Reaction, além dos fundos brasileiros Canary, Norte Ventures e alguns investidores-anjo que já estavam desde o seed em 2020.
Fundada em 2019 por André Sa e Marcelo Toledo, a empresa tem o propósito de mudar o cenário da saúde no país quando o assunto está relacionado às DCNT (doenças crônicas não transmissíveis), como o diabetes, hipertensão, colesterol alto e obesidade, que requerem acompanhamento constante. “O sistema de saúde é desenhado para o evento agudo e o paciente crônico precisa de um acompanhamento contínuo. Viemos para preencher esta lacuna do setor”, explica Sa.
O investimento recebido será destinado para o crescimento, ampliação das linhas de cuidado, além de eventuais aquisições. “A tecnologia tem contribuído muito para empoderar o setor de saúde. A Klivo humaniza o atendimento e aproxima usuários e profissionais do setor, entregando um serviço eficiente e de qualidade, que beneficia todas as partes envolvidas”, afirma Michael Nicklas, sócio do Valor Capital Group.
A healthtech ocupou o espaço de crônicos e conta com uma equipe de saúde multidisciplinar – composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos – que, aliada ao uso de tecnologia, devices e dados, possibilita um acompanhamento contínuo e personalizado aos seus membros 24 horas por dia.
Hoje, são mais de 21 mil membros sob seus cuidados, clientes relevantes como planos de saúde, autogestões, indústria farmacêutica e empresas, todos preocupados com a gestão e controle de seus custos de saúde. A pandemia antecipou várias tendências no setor e o aporte vem para consolidar a sua posição de pioneira na coordenação de cuidados à pacientes crônicos no Brasil. O sócio, Marcelo Toledo, reforça: “É um modelo já provado lá fora. O maior player global, a Livongo, que conta com mais de 410 mil pacientes, se juntou a Teladoc Health em 2020”.
“O potencial é enorme, visto que no Brasil, 52% das pessoas com 18 anos ou mais receberam o diagnóstico de pelo menos uma doença crônica em 2019. Viemos para simplificar e melhorar o setor da saúde com uso humano e inteligente da tecnologia, entregando mais qualidade de vida, melhora clínica e redução de custos”, explica Sa.
Marcos Toledo, managing partner da firma de venture capital Canary, que liderou o seed (US$ 2,5 milhões), adiciona: “Desde os primeiros contatos, a experiência e a trajetória de André e Marcelo nos impressionaram muito no Canary, bem como a visão que eles tinham para mudar a vida de pessoas com doenças crônicas e o mercado de saúde como um todo. Estamos bastante empolgados com os primeiros resultados que tiveram e animados com o que vem por aí no futuro da Klivo”.
Foto destaque: André Sa e Marcelo Toledo fundadores da Klivo.
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