A Justos, startup de seguros auto, anunciou este ano o seu modelo de negócio: Uma seguradora que vai utilizar dados para recompensar quem dirige de forma consciente e, assim, oferecer preços mais justos. Antes do produto estar disponível, o que deve acontecer em breve, a startup recebe aporte em rodada série A, no valor de US$ 35,8 milhões(R$ 197 milhões – valor atualizado do dólar no dia), em rodada liderada por Ribbit Capital e com participação dos fundos SoftBank Latin America Fund e GGV, além dos investidores existentes Kaszek, BigBets, David Velez (CEO do Nubank) e Carlos Garcia Otatti (CEO da Kavak).
A insurtech fundada pelo indiano Dhaval Chadha, pelo mexicano Jorge Soto Moreno e pelo espanhol Antonio Molins, sócios que se conheceram no Vale do Silício e tiveram cargos de liderança na Netflix, Airbnb e ClassPass. Depois de muitas pesquisas e conversas, os executivos viram uma oportunidade no mercado de seguros auto, já que, no Brasil, 7 em cada 10 carros não estão segurados. Os sócios levantaram uma rodada inicial (seed) de R$ 15 milhões no início do ano liderada pelo fundo de investimentos Kaszek com participação da Big Bets. Além dos fundos, os CEOs de 7 unicórnios também participaram na rodada, como David Vélez, do Nubank, Sergio Furio, da Creditas, Patrick Sigrist, fundador e ex-CEO da Ifood, Carlos Garcia Otatti, da Kavak, Assaf Wand, da Hippo Insurance, e Fritz Lanman, da Classpass. “Mesmo antes do lançamento oficial do nosso produto, conseguimos alcançar apoio de grandes investidores, o que mostra que estamos no caminho certo para inovar o mercado de seguros no Brasil”, ressalta Dhaval Chadha, CEO da startup.
Fazendo medições com os celulares dos usuários, a startup vai utilizar dados para avaliar a forma como o usuário realiza aceleração, frenagem, curvas, se mantém a velocidade indicada na via e se tem uma direção focada, que analisa se a pessoa utiliza o celular enquanto dirige. Com isso, a Justos vai conseguir oferecer planos até 30% mais baratos e ainda conceder descontos adicionais a cada mês, com base na direção do mês anterior de cada cliente.
Além de incentivar a direção segura dos motoristas, por meio de maiores descontos nos contratos de quem apresenta um comportamento consciente ao volante, a empresa também nasce com o propósito de abraçar causas de ONGs parceiras. A startup já fechou parceria com cinco organizações, que atuam em diferentes segmentos, para apoiar nesse primeiro ano: AACD, Instituto Ayrton Senna, Gerando Falcões, Casa 1 e Conexsus. O lucro da Justos será limitado para que parte do do valor que não for utilizado para pagamento de sinistros seja doado para as ONGs parceiras. As parcerias reforçam o posicionamento disruptivo da insurtech, que, como o próprio nome já diz, tem o propósito de construir um relacionamento mais transparente com seus clientes e contribuir de maneira efetiva para melhorar a sociedade.
“Recebendo o maior aporte série A (para uma startup pré-operacional) da história da América Latina, temos uma grande responsabilidade. Nos próximos meses, vamos trabalhar para lançar nosso produto e proporcionar uma experiência diferenciada para os nossos clientes”, reforça o CEO.
A insurtech planeja usar o investimento para aumentar o time, para expansão geográfica e também para expansão para outras linhas de seguro.
Seguro auto da Justos
O seguro auto da Justos é garantido pela Companhia Excelsior de Seguros. Prestes a estar disponível para contratação, o serviço já conta com uma fila de espera. Para entrar nela, basta baixar o aplicativo, cadastrar-se e começar a dirigir. Quem conquistar uma boa nota de direção será selecionado primeiro para poder adquirir o seguro.
Foto de destaque: Dhaval Chadha, Jorge Soto Moreno e Antonio Molins, fundadores da Justos. (Crédito: Bruno Minnemann).