A Alright Adtech Company, startup gaúcha criada em 2015, acaba de anunciar um aporte da KPTL, por meio do Fundo Criatec 3. Este é o segundo investimento do fundo em menos de um ano. O primeiro foi em abril de 2019 e resultou em uma pivotagem. Após o aporte, a startup passou a se dedicar a um nicho pouco visado: os veículos de comunicação regionais com alto impacto local. Ao total, foram mais de R$ 5 milhões nas duas rodadas.
A Alright atua dos dois lados da cadeia de compra e venda de publicidade em mídia digital. Para os veículos de comunicação oferece uma conexão com o ecossistema de mídia programática. Especializada em veículos regionais ou especializados num tema, a solução entrega um aumento de receitas com venda de espaço de publicidade. Assim, permite a transformação digital e sustentabilidade a negócios de jornalismo e produção de conteúdo.
Já para os anunciantes, a startup garante aumentar o alcance e o impacto no perfil de cliente desejado com uma mídia programática mais segura e eficiente. A empresa adota rígidos padrões de compliance em relação a fraudes e fake news. A ferramenta da empresa vai ao encontro do desejo dos anunciantes por ambientes mais livres de desinformação.
Para Domingos Secco, CEO e cofundador da Alright, foi necessário adequar-se à pandemia para consolidar o projeto da empresa. “Nosso propósito é democratizar a mídia programática, levar a quem ainda não tem. Isso cria ambiente mais seguro para as marcas e as ajuda a se protegerem, criando uma rede de conteúdo qualificado. Além disso, o dinheiro do anunciante brasileiro fica no Brasil”, explica.
Embora a perspectiva de ser uma empresa promissora tenha se confirmado, ao longo do último ano a Alright realizou uma pivotagem – uma mudança considerável no foco central de sua atividade. “Começamos a empresa muito dedicados ao comprador de mídia, ao anunciante. E agora ampliamos nossa ação principal, atuando majoritariamente ao lado do vendedor de espaço, ou seja, dos veículos editoriais”, detalha o cofundador Fabiano Goldoni. De um ano para outro essa nova abordagem passou a representar 86% da receita, multiplicando por seis o número de clientes atendidos mensalmente.
“Em nosso portfólio de quase 50 empresas investidas algumas vezes acertamos em cheio. Sem dúvidas, a Alright é um desses casos fora da curva. Esse novo aporte na companhia apenas um ano e meio depois é a prova de que a empresa realmente segue convertendo seu potencial de crescimento em ótimos resultados”, afirma Renato Ramalho, CEO da KPTL.
Em 2020, a startup já distribuiu mais de R$ 2 milhões para os chamados publishers – no mesmo período, em 2019, foram R$ 850 mil. O número de veículos também aumentou de 130 para 240. “Nós mais do que dobramos distribuição de verbas do mercado publicitário regional. Na verdade, em todo o ano passado foram R$ 1,5 milhão distribuídos. Ou seja, este ano nem terminou e já superamos 2019”, comemora Secco.
Outro aspecto respeitável do desempenho da Alright é sua cobertura – o percentual da população que acessa esses veículos. Os portais sob gestão Alright impactam 26,7% dos brasileiros. Na região Sul, berço da empresa, a cobertura ultrapassa os 52%, sendo assim a maior rede regional de veículos do País.
Outro ponto importante da operação da Alright é o combate direto à desinformação. Apesar de não ser uma autoridade oficial para verificar se o publisher está autorizado ou não a produzir conteúdo editorial, a empresa garante que os veículos que recebem publicidade têm qualidade e honestidade. Além de verificação por um especialista, a empresa dispõe de um software que vasculha violência sexual, discurso de ódio, crime e jogos de azar em potenciais veículos – evitando conteúdos ilegais e impróprios.
Além de toda assessoria para operar o sistema, a startup tem um braço educacional para seus clientes. Entre os cursos e aulas que oferece, ensina, por exemplo, formas dos veículos melhorarem tráfego em seus sites. Um bom caso é o Clique Camaquã, portal de notícias da pequena cidade homônima no interior do Rio Grande do Sul. Após entender mais a fundo a dinâmica de atração de anúncios, saltou da 67a para a 2a posição no ranking dos portais que mais faturaram na plataforma.