A Caju Benefícios, plataforma que permite concentrar todos os benefícios corporativos como Ticket-Alimentação, Ticket-Refeição e outros em um único cartão Visa crédito, fechou sua rodada seed com um aporte de R$13 milhões coliderado pelos fundos de investimento Valor Capital Group e Canary. Também participaram da rodada os investidores pessoas físicas como Ariel Lambrecht (99).
Com os recursos, a startup vai ampliar seu time, com o objetivo de escalar as áreas de vendas e tecnologia. Inovadora, a Caju quer democratizar o mercado de benefícios, possibilitando a colaboradores ajustá-los de acordo com suas necessidades e regras da empresa. Usuários recebem os valores de forma segmentada, como normalmente ocorre com os cartões de benefícios comuns.
A diferença, é que podem transferir saldos entre seis categorias (Refeição, Alimentação, Mobilidade, Cultura, Educação e Saúde), em tempo real, através do aplicativo. De acordo com a CLT, sindicatos e outras regras previdenciárias e fiscais, dá a liberdade ao empregador de estipular limites mínimos de gastos e categorias utilizadas.
“Por ser bandeira Visa, o cartão da Caju é aceito em mais de 2,2 milhões de estabelecimentos em todo o país, permitindo que usuários utilizem nosso cartão tanto no mundo físico quanto virtual, portanto desde supermercados e restaurantes, até aplicativos de delivery nas categorias ‘Alimentação e Refeição’ ou serviços de streaming como Netflix e Spotify, em ‘Cultura’, e transporte público e privado na categoria ‘Mobilidade’”, explica Eduardo del Giglio, fundador e CEO da Caju.
Para Antoine Colaço, sócio da Valor Capital Group, a startup está na vanguarda da nova gestão de talentos. “O setor está maduro para a inovação e há anos não víamos uma solução tão inovadora no setor. A covid-19 mostrou que tanto as empresas quanto os colaboradores precisam de benefícios flexíveis para o futuro. O benefício para o colaborador é muito claro, e os empregadores devem considerar no momento de decisão que, no longo prazo, a Caju pode significar funcionários mais satisfeitos e menos propensos a buscar outras oportunidades de emprego”.
O que mudou na quarentena
A ineficiência de demais soluções de benefícios corporativos ficou mais evidente durante a pandemia. Diferentemente da Caju, outras plataformas mais engessadas dividem e restringem gastos a categorias específicas, independente do que é mais benéfico ao empregado.
“Na Caju, acreditamos que as pessoas são diferentes e a forma como consomem seus benefícios também deveriam ser. Isso é ainda mais relevante no contexto atual. A pandemia mudou o cenário e acelerou a adoção a novos hábitos de consumo. Com o isolamento social e, consequentemente, a expansão do home-office, muitas pessoas viram acumular saldos no Vale Transporte, por exemplo, que poderiam ajudar na compra do mês se transferidos para o benefício de Alimentação”, completa Eduardo.
De olho na inovação e nas leis trabalhistas
Respeitar as particularidades dos diferentes setores nos quais atua e, principalmente, as leis trabalhistas que as permeiam sempre esteve no cerne da startup. As empresas encontram todas as possibilidades do cartão Caju em um dashboard de design simples e unificado, para que criem políticas próprias, escolhendo, por exemplo, limites mínimos de gastos de acordo com exigências sindicalistas. É nesse ambiente também que decidem quais categorias irão adotar, bem como o valor que será destinado a cada uma.
Além disso, a flexibilização elimina a necessidade de uma prática comum, porém, ilegal: a venda de benefícios, que se tornou uma realidade para que milhares de brasileiros pudessem fechar a conta no final do mês.
Benefício para colaboradores e empregadores
A monetização do processo vem a partir de uma taxa repassada pela bandeira Visa a cada compra (intercâmbio), permitindo que a Caju ofereça seu serviço gratuitamente, tanto para colaboradores, quanto para empregadores.
“Na Caju, somos orientados a sempre buscar as melhores oportunidades, seja para colaboradores, empregadores ou nossos parceiros. A possibilidade em disponibilizar nossa solução a custo zero permite reduzir riscos e realizar a adoção da Caju de forma ágil e sem burocracias contratuais. O processo, que antes levava semanas ou até meses agora é feito em tempo real e o usuário já tem o cartão virtual na hora, enquanto o físico chega em poucos dias”, explica Eduardo.
Os benefícios também se estendem ao próprio setor de Recursos Humanos, que passa a gerir como, quanto e quando o benefício será disponibilizado de forma unificada e autônoma, num único dashboard, sem precisar contatar a Caju para alterar uma especificação. Além de, claro, não precisarem aprovar a transferência de valores entre categorias de seus colaboradores, que realizam a operação também de forma independente.
Crescimento e próximos passos
A Caju, que começou a operar em janeiro de 2020, já acumula mais de 400 clientes, ajudando acima de 15 mil colaboradores a terem controle sobre seus benefícios todos os meses e tem uma lista de espera repleta de empresas.
Pensando no futuro, a startup pretende expandir suas soluções para gestão de pessoas, explorando novas possibilidades, como previdência privada e empréstimo consignado como marketplace. Neste caminho, a Caju espera se tornar a startup que vai dar todo o suporte necessário nas diferentes dimensões do RH, para garantir relacionamentos próximos, fortes e duradouros entre empresas e funcionários.