A startup Ninsaúde, especializada em tecnologia da informação para o mercado de saúde, recebeu um aporte no valor de R$ 500 mil e pretende aumentar o quadro de funcionários, visando uma expansão já a partir de 2020. O montante foi concedido pela Elife, uma das empresas que mais cresce no segmento de consultorias no Brasil, com crescimento médio de 19,76% ao ano referente ao período entre 2016 e 2018.
Criada em 2012 por Helton Marinho, a Ninsaúde pretende contratar mais 11 funcionários para a sede em Criciúma. “O aporte possibilitou este crescimento e pretendemos preencher as vagas em um prazo de seis meses”, conta o CEO da healthtech, desejoso de contar com pessoas jovens e adaptadas ao universo tecnológico para auxílio na área médica. “Estamos preparados para crescer. Tracionar vendas, construir parcerias sólidas e internacionalizar nossos produtos são o nosso foco para os próximos anos.”
Disponível em 17 estados brasileiros e com tradução para inglês e espanhol, a plataforma Apolo é o produto pelo qual a Ninsaúde mira o mercado internacional, que já conta projetos em fase piloto para a operação do produto no Peru e Panamá. O treinamento para uso da plataforma não é cobrado e é sempre realizado de forma online toda quarta e sexta-feira, às 13h (horário de Brasília).
Plataforma Apolo e internacionalização
Presente em mais 200 clínicas no Brasil de pequeno porte – de um a 60 funcionários -, a Ninsaúde é responsável pelo software Apolo, que permite a médicos e secretárias melhorarem e organizarem o atendimento de pacientes por meio de sistema eficiente, com soluções para atendimento, agendamento, gerenciamento financeiro e faturamento de guias.
Processos de faturamento que demandavam 24 horas de trabalho no passado agora podem ser realizados em até 18 minutos por meio do sistema desenvolvido pela Ninsaúde. “Estou confortável para dizer que nosso sistema de gestão aumenta a produtividade de toda equipe ao automatizar processos, substituindo papéis por registros eletrônicos e reduzindo cliques por meio do aprendizado de máquina”, afirma Marinho.
A plataforma não só colabora para um melhor uso do tempo dos usuários, como também permite um atendimento mais rápido e preciso ao paciente e preserva até mesmo a saúde do próprio médico. “Lidamos com profissionais de alto rendimento e que não podem chegar ao local de trabalho e se depararem com trâmites burocráticos para trabalhar”, explica Marinho. “Diversos estudos relacionam, por exemplo, a síndrome de burnout entre médicos com a utilização de sistemas ultrapassados para gestão de pacientes.”
Já para Manuela Correa, CFO da Ninsaúde desde 2016, os dados referentes ao crescimento no número de profissionais na área médica apontam para a necessidade de equipes no setor se tornarem mais competitivas e independentes. “O total de médicos aumentou 665,8% em menos de cinco décadas. A população, nesse mesmo período, aumentou 119,7%. A previsão é de chegarmos 700 mil médicos até 2030”, explica. “É por conta deste cenário, que ainda contempla a grande concentração de profissionais em grandes centros urbanos, que estamos focados em ajudar equipes médicas a se tornarem cada vez mais dinâmicas, eficientes e conectadas aos pacientes.”