Foi a partir da visão de ajudar o ecossistema de startups e da necessidade dessas empresas atraírem primeiros usuários e opiniões sobre o negócio que surgiu o Lista Beta – uma espécie de vitrine para pequenas companhias que não conhecem bem seu modelo de negócios ou não sabem muito bem como oferecer o seu serviço. Ou seja, empresas em estágio bem inicial, no máximo em beta privado ou público.
Existe toda uma curadoria de conteúdo, ou seja, depois do startupeiro submeter o seu negócio na plataforma, alguns requisitos são postos em questão para ver se a startup se encaixa.
“A ideia não é barrar o empreendedor”, me contou o cofundador Gabriel Carpenedo por Skype. “Mas é mostrar as empresas cujo modelo de negócios é bem inicial, mesmo. Se achamos coisas que não se enquadrem, damos um feedback para a empresa que se cadastrou”, completa o outro cofundador, Bruno Pazzin. Eles confessam que a ideia também foi francamente inspirada na Beta List, da Holanda.
Os dois, que já têm experiência considerável com startups, são sócios na Codeland, empresa cujo formato de negócios é bem interessante também. Por lá, o desenvolvimento web tem muitas startups como clientes – o que, graças ao background dos sócios, faz com que eles deem um processo de mentoria também. “Fazemos MVP, ajudamos a descobrir o negócio e o produto”, dizem eles. “A ideia da Lista Beta veio dos nossos clientes na Codeland, que tinham dificuldade para angariar clientes iniciais e feedbacks para amadurecer.”
Quem não for startup pode se cadastrar na newsletter, cuja periodicidade é quinzenal. Cada startup ganha uma página dedicada, pela qual é possível acessar o site, compartilhar no Twitter ou Facebook e enviar o feedback com perguntas muito focadas na dinâmica startupeira. O empreendedor recebe esse feedback de maneira privada, em um dashboard com infográficos.
Tudo muito legal, bacana e solidário – mas e quanto ao modelo de negócios da própria Beta List? “Claro que pensamos em monetizar e transformar em um produto rentável. Ainda não decidimos o modelo, talvez pôr a startup em destaque ou criar serviços para elas”, refletem eles. “Mas bom”, continuam, “nós somos uma startup também, né? Crescemos como uma startup.” De fato – e é assim que o mercado se move.