O ecossistema de startups de Porto Alegre está para receber uma nova aceleradora, a Wow, criada por quatro gerações de empreendedores. Bruno Peroni (sócio da Semente Negócios), Cássio Bobsin Machado (cofundador da Zenvia e do MobiGroup), André Ghignatti (conselho da Neogrid) e Jaime Wagner (ex-Plug In e investidor anjo do Vakinha.com.br) se juntaram para lançar a Wow, que manterá um fundo de investimentos e um programa de aceleração.
“É um projeto que começou a ser discutido ano passado e ainda está nesse processo de constituição”, explica Bruno, que cuida da parte operacional da aceleradora e com quem conversei ontem. Segundo ele, André e Jaime são empreendedores da “velha guarda” que agora se juntam com gerações mais recentes. “A ideia foi criar um veículo para conectar investidores de risco e empreendedores.”
Na Wow, o período de março a junho de 2013 está reservado para a captação de investidores, startups e mentores interessados no projeto. Somente em julho, serão selecionadas dez startups, que participarão de um intensivo de quatro semanas. Em agosto, dez se tornarão cinco, que serão, efetivamente, as participantes do primeiro ciclo da Wow.
A aceleradora também divide seu ecossistema em quatro papeis:
A aceleradora em si
“Entidade sem fins lucrativos responsável pela infraestrutura compartilhada, pelo programa de aceleração e pela gestão operacional das investidoras, desde a captação dos recursos até o processo de desinvestimento”, diz o sócio.
O fundo de investimentos
Sociedade anônima que fará o financiamento do processo de aceleração de 20 empresas em 4 ciclos semestrais. “Os investidores selecionam as empresas a serem investidas. O desinvestimento é feito em até 7 anos contados da constituição”, diz Bruno. O fundo será uma empresa separada da aceleradora e Bruno afirma que a ideia é incluir no processo pequenos investidores, já que existem cotas de R$ 60 mil –fato inusitado: esse valor que poderá ser parcelado em quatro vezes.
O empreendedor
Cinco empresas são selecionadas para aceleração a cada semestre. Durante dois anos recebem capital da investidora e serviços da aceleradora. Em troca, cedem opção de compra de suas ações para a investidora”, diz Bruno. Esse valor de ações a serem dadas em troca deve ir de 20% a 25%.
O mentor
“Um diferencial da WOW é que os mentores não investidores recebem um percentual do ganho no desinvestimento das empresas orientadas.”
O fundo de investimentos da Wow fará aportes em startups em dois estágios: na fase da ideia (ainda sem clientes/usuários) serão investidos R$ 50 mil; já na fase mais avançada, serão aportados R$ 150 mil, para que a startup ganhe escala.