Os participantes da edição focada em universitários do Startup Weekend terão como mentor o empreendedor Paulo Floriano, que tem apenas 31 anos, mas já fez muita coisa. Paulo é o criador do Neue Labs, uma empresa de consultoria, pesquisa e treinamento que acabou virando incubadora de startups.
“Eu não queria pegar os mesmos tipos de projetos que pegava quando trabalhava em outros lugares e a proposta do Neue era juntar a usabilidade com a estratégia do negócio. Em uma startup, isso é muito natural, porque as equipes estão mais integradas e a gente consegue influenciar muito mais a estratégia, além de enxergar os resultados mais rápidos”, disse Paulo, em uma conversa por telefone comigo na última semana.
Além de criar serviços mais baratos para startups, ele decidiu tocar internamente uma espécie de incubadora e foi ai que surgiram a Oaasis, a Hide Things e a 123 Action (ainda em fase de prototipação). “A gente atua em cima da melhora do que precisa ser melhorado. Olhamos o que aquela empresa precisa. Se é investimento ou uma rede de contatos.”
Cada empresa, nas palavras do Paulo:
“Oaasis – A Oaasis é uma ferramenta de relacionamento e aproximação entre startups e aceleradoras. A proposta é que usando Oaasis o empreendedor turbine suas chances de entrar em um programa de aceleração. Para as aceleradoras, o valor está na criação de um processo muito mais estruturado de recrutamento e seleção de startups, melhorando o seu processo de tomada de decisões.
Hide Things – Hide Things é um game social, desenhado inicialmente para iPhones. Utilizando a metáfora de “Onde está Wally?”, o jogo consiste em marcar objetos escondidos em fotos (do diretório de fotos do smartphone ou fotos do facebook do usuário), que outras pessoas devem encontrar no menor tempo possível. O game permite também que o usuário vá desbloqueando “pacotes” especiais de fotos para brincar com seus amigos. O aplicativo será lançado em julho na Apple Store e será gratuito.
123 Action – Em fase de prototipação, essa startup consiste em uma plataforma que apoia o processo de aprendizado de estudantes de ensino fundamental e médio através de narrativas digitais (storytelling). Os alunos utilizam a ferramenta para contar histórias a partir de desafios propostos pelos professores, utilizando toda a variedade de mídias existentes ao seu redor: imagens, áudio, vídeo, gráficos e texto.”
O empresário define seu trabalho com as startups como um de “capacitação e sensibilização”, com um foco muito grande em usabilidade. “Como esse não é um tema super difundido no Brasil, queremos mostrar que às startups que elas podem melhorar seus produtos, e isso não precisa custar muito”, conta.
Totalmente focado em empreendedorismo nos dias de hoje, Paulo começou sua carreira no ramo da consultoria. “Trabalhei em consultoria de gestão e, ao entrar em um projeto de inovação, acabei me enveredando para a experiência do usuário”, lembra. Mas ele queria fazer as coisas do seu jeito e foi ai que nasceu a Neue. “Eu estava inquieto e decidi abrir a Neue.”