Participante de mais recente turma a ser aceita na Wayra, a Intoo é uma startup que quer ser um atalho para o pequeno e médio empresário que está em busca de financiamento. A empresa começou em janeiro de 2013 e foi preciso um “Hackaval” para que produto fosse ao ar –“hackaval” é como ficou chamado o carnaval de trabalho intenso no desenvolvimento do produto da empresa.
“Começamos a trabalhar em janeiro e foi preciso trabalhar o carnaval inteiro para finalizar o serviço”, explica Arthur Farache, que criou a Intoo ao lado de Bruno Oliveira Maggi, Roberto Civille Rodrigues e Luis Fernando M. Coutinho. Não é a primeira empresa de nenhum deles, que tiraram do próprio bolso o investimento para iniciar o negócio.
Na prática, o empresário interessado na Intoo se cadastra no site e paga R$ 100 para inserir um pedido de financiamento -o pagamento só acontece se a pessoa quiser fazer o pedido, não é preciso pagar apenas para se cadastrar. O sistema da companhia faz pesquisas em várias bases de dados e bancos. “A gente cobra os R$ 100 para pagar as taxas de algumas dessas bases e estimular que não haja o uso inadequado do serviço”, explica Arthur. “A nossa ideia é fazer tudo muito simples e rápido.”
Após o envio das informações para os bancos, espera-se a lista com propostas. Aqui, é o empresário que determina quanto tempo quer esperar –quem espera mais pode ter mais opções, claro, dependendo caso a caso. Após fazer sua escolha, o empresário informa a Intoo e é o banco que entrará em contato com ele depois disso.
Coutinho ressalta que a startup não tem a intenção de fazer um ranking com as propostas que são enviadas pelos bancos. “Não tomamos juízo de valor”, completa. Por enquanto, a plataforma está em fase de testes com um grupo de empresas selecionadas.
Por que o mercado de pequenos e médios empreendimentos? Segundo Arthur, trata-se de um mercado que ainda é “espremido” no Brasil. “De um lado você tem o banco e o fornecedor, do outro o empreendedor, que não tem para onde correr ou como antecipar o seu recebível”, explica. “A nossa bandeira é promover o crescimento econômico, já que essas empresas são as grandes geradoras de emprego no Brasil.” O sócio também cita uma pesquisa da McKinsey que afirma que dois terços das empresas brasileiras têm dificuldade de acesso a financiamento.
A startup tem seis pessoas dedicadas em tempo integral ao projeto e, com o novo aporte da Wayra, deve adicionar novos funcionários. “Nós nos inscrevemos só na Wayra, porque eles têm as características que precisamos. Nós procuramos oportunidades de clientes e fornecedores na aceleradora”, diz Arthur.