O BNDES divulgou em seu site oficial o lançamento do Fundo Criatec II, destinado a apoiar empresas nascentes voltadas para inovação. Veja o edital.
O destaque da nova versão do fundo criado em 2007 é o aumento do capital comprometido que passa de R$ 100 milhões para R$ 186 milhões. O aporte do BNDES será de R$ 124 milhões.
O novo fundo fará aportes de capital em 36 empresas inovadoras que serão selecionadas por um gestor nacional escolhido pelo banco.
Outras novidades em relação ao Criatec I é que o teto de faturamento das investidas poderá ser superior aos R$ 6 milhões da primeira versão. Além disso, no mínimo 25% do portfólio do Fundo deverá ser investido em empresas com faturamento inferior a R$ 2,5 milhões. O capital também será 70% maior.
O que isso significa no cenário de startups?
O Criatec II é um fundo para empresas operacionais, com faturamento considerável e com modelo de receita provados. Apesar da imensa maioria das startups brasileiras não estarem no estágio de investimento do fundo, o novo fundo cria oportunidades de crescimento para as startups “amadurecidas” com tração e resultados.
Essa “disponibilidade de capital” é importante em cada estágio da startup, pois para cada momento, existe uma necessidade diferente no negócio e o investimento é um combustível importante para crescer rápido. A startup que hoje precisa de R$5MM ou R$10MM para crescer, já foi uma startup que precisou de R$50k ou R$200k no momento que precisava validar seu modelo.
A startup que recebe os R$10MM e cresce, será no futuro o grupo que encontrará na sua startup a velocidade, foco e disrupção que eles precisarão para manter a inovação. Uma espécie de círculo virtuoso das startups.
Isso já acontece muito no Vale do Silício, como quando o Google, a Apple ou o Facebook investem ou fazem a aquisição de alguma startup (Relembre quando a Google comprou a Android ou veja a lista de aquisições e fusões da Apple).
Seria legal se essa moda pegasse no Brasil também. 🙂
Setores alvos
Os setores alvo do Criatec II são: Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC); Agronegócios, Nanotecnologia, Biotecnologia e Novos Materiais. Cada empresa poderá receber, no máximo, R$ 2,5 milhões no primeiro investimento, podendo ainda receber investimentos subsequentes de até R$ 3,5 milhões em outras rodadas de investimento. No entanto, o valor máximo por empresa investida não poderá exceder R$ 6 milhões.
Histórico positivo
O Criatec I, fundo com perfil pioneiro concebido pelo BNDES, apresenta resultados positivos, seis anos após seu lançamento. Cinco das companhias do Criatec I estão entre as Micro, Pequenas e Médias que mais crescem no país. Além disso, várias das 36 empresas do fundo, distribuídas em sete regiões, lançaram mais de 700 produtos inovadores e de tecnologia de ponta no mercado e registraram cerca de 20 pedidos de patentes.
Empreendedores, menos mimimi, mais startup! 🙂