Há quatro anos, o consumidor brasileiro tem uma maneira de garantir que seus resíduos sejam reciclados, com a ajuda da startup americana TerraCycle, que abriu uma subsidiária no nosso país em 2009. Desde que chegou, a empresa afirma ter quadruplicado sua quantidade de clientes, desenvolvido serviços especializados com empresas locais e fechado um aporte com a Warehouse Investimentos.
A TerraCycle trabalha na área de logística reversa. A companhia criou uma plataforma que apoia brigadas de consumidores, que podem juntar e enviar embalagens de produtos para reciclagem. Na onda da gamificação, quem envia itens para reciclagem também recebe um incentivo com a doação de dinheiro a escolas e entidades sem fins lucrativos indicadas pelos coletores.
É um procedimento que une bastante o off-line com o online. Ao mesmo tempo que o consumidor pode cadastrar sua brigada no site, ele tem que fazer a coleta no off-line e enviar os resíduos pelos correios à TerraCycle em uma caixa com um QR Code. Chegando na startup, a caixa é computada na conta do time e os pontos são cadastrados.
Segundo a companhia, já são 400 mil coletores, que enviaram 25 milhões de embalagens para reciclagem. “No primeiro ano de operação, eram apenas duas empresas parceiras. Hoje são sete grandes conglomerados de diversos segmentos, entre elas Faber-Castell, Colgate-Palmolive, Suzano, L’Oreal e BRF”, diz comunicado divulgado pela empresa, com um balanço dos quatro primeiros anos da TerraCycle no Brasil.
O tempo em território nacional também trouxe parcerias com empresas locais, com destaque para um projeto de reciclagem de chicletes, feito em parceria com a Ecological Plásticos –o chiclete é considerado um “resíduo mais difícil” para eliminação. “Foram feitos diversos testes até chegar à fórmula que mistura 30% de goma de mascar usada a uma resina plástica. A solução já está pronta para ser aplicada, e agora a TerraCycle busca uma empresa disposta a patrocinar um programa de coleta desse resíduo”, diz a companhia.
A startup também ganhou um investidor: a Warehouse Investimentos. “A investidora detém uma porcentagem da empresa de logística reversa e, em contrapartida, cuida da parte administrativa e oferece o espaço físico do escritório”, diz a companhia.
Foto: epSos.de/Flickr (Acesse o original)