A Xiaomi, uma das maiores fabricantes de smartphones da China, iniciará operações no Brasil e em mais 9 países ainda este ano. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, pelo CEO Lei Jun.
A Xiaomi ganhou destaque no noticiário ocidental no último ano ao contratar como vice-presidente o brasileiro Hugo Barra, que antes era o homem à frente do Android no Google.
Na China, a empresa já é a quinta maior no ramo. E não é por acaso. A Xiaomi aposta na arriscada estratégia de vender smartphones com margens de lucro minúsculas, quase nulas – o que permite oferecer aparelhos top de linha a preços competitivos. O Mi 3, que tem configurações que concorrem com um iPhone 5s ou Galaxy S4, mas é vendido pelo equivalente a R$ 720.
A estratégia agressiva parece funcionar. No lançamento do Mi 3, no ano passado, a chinesa conseguiu vender a incrível marca de 100 mil aparelhos em apenas 90 segundos. Como eles fazem dinheiro? Elevando sua base e vendendo acessórios e mantendo os produtos no catálogo por mais tempo.
Ainda neste ano, a empresa também chegará a Índia, Indonésia, Filipinas, Malásia, México, Rússia, Tailândia, Turquia e Vietnã. A expansão é justamente estratégia de Hugo Barra, que foi convocado para transformar a empresa em global.
Se conseguir lidar com o “Custo Brasil”, incluindo todas as taxações e impostos, e continuar a oferecer um preço competitivo aqui, não é difícil imaginar o impacto que a empresa pode causar por aqui, pressionando tanto as fabricantes de aparelhos baratos quanto as que criam top de linha, e ajudando a aumentar ainda mais a penetração de smartphones no país.