O mercado de trabalho brasileiro vive um momento de transformação. Para 2026, três grandes tendências devem guiar a gestão de benefícios corporativos: flexibilidade, tecnologia aplicada à experiência do colaborador com o uso da IA e personalização de benefícios. Esses pilares refletem a evolução de uma mentalidade empresarial que já vinha sendo desenhada e que prioriza o bem-estar dos funcionários, adaptando-se às expectativas de uma força de trabalho cada vez mais exigente, diversa e conectada digitalmente.
Segundo Natalia Ubilla, diretora de RH do iFood Benefícios, a mudança é consequência das novas expectativas dos profissionais, que buscam autonomia, propósito e bem-estar. “O papel do RH mudou: deixou de ser apenas operacional para se tornar estratégico. É preciso oferecer experiências que respeitem a individualidade de cada colaborador quanto ao formato de trabalho, ferramentas tecnológicas e também no que diz respeito aos benefícios empresariais”, completa.
Empresas estão investindo em plataformas que permitem aos colaboradores escolherem como preferem utilizar seus benefícios, como alimentação, refeição, mobilidade ou experiências de autocuidado. Dados da pesquisa “Momento profissional do brasileiro”, realizada pela Think Work em parceria com o iFood Benefícios, indicam que 59% dos profissionais brasileiros consideram a categoria Benefícios como um dos fatores de atração da empresa ideal, reforçando a importância de permitir que cada pessoa personalize sua experiência. “O modelo one-size-fits-all, ou única solução em português, já não faz sentido no mercado de benefícios corporativos. O colaborador quer escolher como usar seu benefício e como equilibrar sua rotina”, explica Natalia.
A inteligência artificial se tornou uma ferramenta estratégica para análise de engajamento, personalização de experiências e previsão de necessidades futuras, além de ser uma ferramenta que auxilia os colaboradores a desempenharem atividades repetitivas. No iFood Benefícios, por exemplo, a IA é utilizada para mapear o uso dos benefícios e oferecer insights que ajudam as empresas a entregar experiências mais relevantes para seus colaboradores.
Segundo relatório da Society for Human Resource Management (SHRM), ou Sociedade para Gestão de Recursos Humanos em português, que é a maior associação profissional do mundo dedicada a área de gestão de pessoas, 43% das organizações já utilizam IA em tarefas de RH em 2025, um salto expressivo em relação aos 26% de 2024, mostrando crescimento acelerado na adoção da tecnologia no setor.
Além de flexibilidade e tecnologia, o bem-estar físico e mental continua sendo prioridade. Empresas estão ampliando benefícios que vão de apoio psicológico a programas de sustentabilidade, reforçando a conexão com propósito e qualidade de vida.
Estudos mostram que programas de bem-estar corporativo estão associados com redução de turnover. segundo o relatório Corporate Wellness Program Statistics 2024, empresas com programas de bem-estar, ou voltados à qualidade de vida e saúde, têm até 50% menos turnover. Além disso, o relatório “Gen Z at Work | Talent Trends”, da Michael Page, aponta que os profissionais da Geração Z colocam arranjos de trabalho flexíveis entre os três principais fatores de decisão ao avaliar uma proposta de emprego, reforçando que flexibilidade, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e autonomia são aspectos centrais para atrair e reter esses talentos.
“O futuro do trabalho é sobre liberdade e pertencimento. Nosso desafio é criar um ambiente em que cada colaborador perceba valor real nas entregas e nas relações. Trata-se de aliar a entrega de resultados, com experiências de trabalho significativas. Desta forma, é possível transformar o ambiente corporativo em um espaço no qual cada colaborador perceba valor real nas entregas e nas relações, encontrando nessa combinação sua realização profissional”, conclui Natalia.
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