Na era da transformação digital, a indústria de hardware, frequentemente subestimada, se mostrou fundamental ao sustentar aplicações que vão desde videogames até a computação quântica. A revolução tecnológica que testemunhamos nos últimos anos destacou o papel crucial do hardware, alavancando a inteligência artificial e a computação científica para novos patamares.
O Startup Summit 2024 proporcionou a Florianópolis o palco ideal para esse debate tão necessário. Duda Franklin, CEO e co-fundadora da Orby, palestrou de maneira lúdica e narrativa sobre como a indústria de hardware, antes vista apenas como uma geradora de receita, evoluiu para se tornar a base das maiores empresas do mundo. “A empresa mais valiosa do mundo hoje é uma empresa de hardware,” destacou Duda, deixando em evidência como essa indústria impulsionou inovações que mudaram nossa forma de viver, desde compras online até o acesso a crédito.
No Brasil, a indústria de tecnologia representa 6,9% do PIB, segundo a Brasscom, e o setor de hardware, especificamente, movimentou cerca de R$ 2,7 bilhões em 2023. Esses números refletem o impacto econômico da tecnologia, mas as discussões no evento foram além, abordando também os impactos sociais e a transformação do mercado de trabalho.
Além do foco no hardware, a palestrante ilustrou como as inovações tecnológicas estão transformando vidas. Ela trouxe para o papo um exemplo bem conhecido: o desenvolvimento de soluções de IA capazes de reabilitar movimentos em pessoas com disfunções neuromotoras, como pacientes que sofreram um AVC. Através da neuromodulação, essas tecnologias estão devolvendo a capacidade de movimento, provando que a inovação vai muito além do entretenimento ou do lucro, e que tem o potencial de transformar vidas.
No entanto, o caminho para o sucesso no mundo das startups não é simples. “Empreender requer esforço, resistência, resiliência, muito estudo e coragem,” alertou Duda Franklin, desmistificando a ideia de que apenas uma boa ideia é suficiente para criar uma empresa de sucesso. “Uma empresa é como um relógio: cada peça precisa funcionar corretamente para alcançar o objetivo final,” explicou, reforçando a importância da operacionalização e da estrutura organizacional.
Além das habilidades técnicas, a palestra destacou a importância das soft skills no ambiente de trabalho moderno. “Precisamos de pessoas que saibam se comunicar, que sejam líderes, que não sejam egoístas e que saibam criar hierarquias saudáveis,” afirmou Duda. Ela também mencionou a necessidade de delegar tarefas e de priorizar atividades, habilidades fundamentais para qualquer líder de sucesso.
Outro ponto discutido foi a cultura organizacional. Duda descreveu a cultura como a “personalidade” de uma organização, sendo fundamental para o sucesso de qualquer empresa. Além disso, enfatizou a importância do branding, ou seja, a criação e gestão de uma marca sólida e reconhecida, que transmite valor e propósito claros.
Ao final, Duda provocou reflexões sobre o futuro da tecnologia. Embora a inteligência artificial continue a evoluir, novas tecnologias, como a biotecnologia, começam a ganhar espaço. “Estamos no começo de uma nova onda tecnológica,” disse ela, sugerindo que o futuro trará inovações que ainda não conseguimos imaginar.
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