Neste último mês, alguns estados como São Paulo e Distrito Federal baixaram as tarifas em seus transportes públicos devido à falta de troco. Em 2018, um estudo divulgado pelo Banco Central apontou que 96% das pessoas entrevistadas usam dinheiro vivo em suas compras e somente 54% das entrevistadas andam com moedas para pequenas compras e para facilitar o troco.
Causando impacto também em outros setores, a quebra de caixa e a insatisfação de clientes tornam-se consequências da baixa circulação de moedas. Foi pensando em uma solução para minimizar isso que o empreendedor Rodrigo Dória criou a startup Super Troco.
“A falta de troco é um problema geral para todos os tipos de comércio e chega a afetar, segundo um estudo do Banco Central, 61% do varejo nacional. Apesar de também sofrer com isso, o próprio consumidor torna o problema ainda maior, ao guardar moedas em casa, totalizando quase 1/3 das moedas fora de circulação, principalmente as de menor valor, como R$ 0,10 e R$ 0,05”, destaca o empreendedor.
Segundo ele, os setores que sofrem mais impacto são aqueles onde a disponibilidade de produtos e serviços de baixo valor é maior, como o caso de supermercados, farmácias, conveniência e transporte público.
Mesmo com foco no varejo, a ferramenta consegue se adaptar a diversos setores, podendo ser, inclusive, uma possível solução para à falta de troco em ônibus, trens e metrôs. “Apesar do Super Troco ter direcionado os esforços comerciais e operacionais para as redes de varejo, que além de enfrentarem grande dificuldade com troco, possuem processo de oferta mais controlado, um dos diferenciais da ferramenta é ser flexível para atender qualquer segmento do varejo e de serviços também”, ressalta Dória.
Como funciona
Como um programa de pontos, o cliente tem opção de transformar o seu troco em pontos Super Troco que são creditados diretamente no seu CPF. Ou seja, com R$ 0,25 o consumidor adquire 25 pontos na plataforma. Eles podem ser trocados por produtos e serviços como recarga no celular ou transferência para outros programas de fidelidade como Smiles, Dotz, Banco de Pontos Fidelidade, dentre outras opções disponíveis no site. “Na primeira fase do negócio, a ideia era oferecer aos consumidores alguns serviços importantes para eles e, através da transferência para outros programas de pontos, acesso a diversos outros produtos”, explica Rodrigo.
Após efetuar a aquisição dos pontos, o consumidor tem 2 anos para utilizá-los. O empreendedor destaca que, para incentivar a troca do Super Troco, a empresa envia um comunicado 180 dias antes de expirar. “Na verdade, não só comunicamos sobre os pontos a vencer, como o incentivamos a usar os pontos acumulados sempre. Para o Super Troco, um dos principais desafios é fazer com que cada vez mais os clientes resgatem benefícios com seus pontos acumulados e é nisto onde há, atualmente, nossos maiores esforços e investimentos.”
Para começar a acumular pontos, o consumidor não precisa estar cadastrado, basta digitar ou informar o seu CPF ao operador do caixa. O cadastro será necessário apenas no momento de usar os pontos para resgatar produtos, serviços ou demais benefícios.
Expansão
Atualmente, a startup está presente em diversos pontos de vendas de grandes redes de varejo espalhados pelo Brasil, com uma forte participação no estado de São Paulo e nas Regiões Norte e Nordeste e o objetivo para este ano é incluir novas redes de varejo no programa, além de novas verticais de distribuição do produto.
“Agora no primeiro trimestre de 2020 será lançado o novo site do Super Troco e um aplicativo para o consumidor. O novo site trará muitas novidades, incluindo diversas novas opções de produtos e serviços para o consumidor resgatar com os pontos acumulados, possibilidade de doar para instituições filantrópicas e, inclusive, usar os pontos nas próprias lojas parceiras,” finaliza Rodrigo.