Por Bruna Galati
A startup Birdview, localizada na cidade de São Manuel, no interior paulista, e fundada em 2015 para aumentar a sustentabilidade da produção rural, através do controle biológico de pragas, usará suas soluções para combater o mosquito da dengue no Brasil.
No final de fevereiro, o país passou de 1 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, o país registrou 1.017.278 casos nas primeiras oito semanas de 2024. No mesmo período do ano passado, o Brasil tinha 207.475 casos.
A Birdview atua prestando serviços aero agrícolas ao liberar inimigos naturais de pragas em lavouras. Em oito anos de atuação, a startup realizou mais de 15 mil voos para a liberação de biodefensivos, em mais de 1 milhão de hectares. Ricardo Machado, cofundador da Birdview, explica como funciona a solução: “O dispositivo de liberação é acoplado aos drones e aciona o cartucho, que contém insetos benéficos. Nas biofábricas, os insetos são adormecidos e colocados dentro do cartucho. Conforme o drone voa, o dispositivo vai abrindo o cartucho, liberando os insetos no ambiente.”
Birdview e o combate à dengue
Ao participar da 25ª edição do Programa de Treinamento em Empreendedorismo de Alta Tecnologia (PIPE Empreendedor), a solução com drones para áreas rurais chamou atenção de organizações fabricantes de mosquitos da dengue inférteis. Agora, o dispositivo da Birdview pode ser usado em áreas urbanas para diminuir casos de dengue no país.
O método envolve a liberação de mosquitos Aedes aegypti machos que foram esterilizados em laboratório. Esses mosquitos estéreis são soltos em áreas onde há uma população significativa de mosquitos fêmeas, responsáveis pela transmissão de doenças como dengue, febre amarela, chikungunya e zika. Quando os mosquitos machos estéreis se acasalam com as fêmeas, não ocorre a reprodução, ou mesmo que acontece a cópula, os ovos não eclodem.
A solução está em curso e atualmente em negociações entre os municípios, os estados e as biofábricas. “Acreditamos que em alguns meses o projeto estará operacionalizado em escala”, completa Ricardo.
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