Por Bruna Galati
O principal objetivo de uma empresa é vender seu produto para os clientes e gerar lucro. Os avanços tecnológicos mudaram a forma das pessoas consumirem. Nesse cenário, as marcas tiveram que se reorganizar para suprir as novas demandas e com elas surgiram os squads ágeis, times que assumem um produto ou até um fluxo de demanda de ponta a ponta: do entendimento até a entrega.
Está cada vez mais em evidência a necessidade de entregar valor aos clientes de forma rápida, otimizada e eficiente. Squads ágeis podem se encaixar bem nesse contexto, por serem equipes compostas por pessoas que assumirão de ponta a ponta as responsabilidades, com autonomia e estratégias voltadas para o fluxo de um serviço, desenvolvimento de um produto ou uma frente de trabalho, por exemplo.
Com isso, o “How to…” dessa semana é com Kari Silveira, cofundadora e COO da Impulso, que explica como construir squads ágeis e qual é a sua importância.
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Qual a importância dos squads ágeis?
A importância de um squad ágil são inúmeras, como a possibilidade de rápidas mudanças táticas, alta produtividade do time, colaboração e visão integrada do projeto, entregas ágeis e assertivas, além da maior integração entre pessoas de áreas distintas.
“Cada squad é estruturado para desenvolver tarefas e resultados personalizados, seguindo o objetivo de cada projeto e, em sua grande maioria, é possível apresentar resultados cada vez mais qualificados com uma redução de tempo considerável”, explica Kari.
Tradicionalmente, os squads são mais comuns em projetos de tecnologia, mas é possível aplicá-los em todos os departamentos e espaços de uma empresa, como por exemplo jurídico, financeiro, administrativo, atração e retenção de talentos, etc.
Quais são os passos para construir squads ágeis?
Para construir um squad, Kari cita que é preciso pensar de forma estratégica e considerando as habilidades técnicas de cada perfil, isso abre a possibilidade de colaboração e conexão entre as funções e as áreas de cada profissional. “Dessa forma, além da qualidade na entrega, o time poderá contar com uma visão integrada e mais ágil da questão a ser solucionada”, explica.
É importante lembrar que squads ágeis, assim como qualquer time, passarão pelos estágios de desenvolvimento de time: formação, contratação, normatização, atuação e dissolução. “Líderes têm um papel fundamental nesse processo para obter o melhor das pessoas e trabalhar em conjunto.”
Considerando que squads ágeis são times auto-organizáveis, multifacetados e com habilidades especializadas, para montar um time é preciso entender quais conhecimentos e habilidades serão necessárias para desenvolver o projeto e assim modelar o squad da forma adequada.
A cofundadora explica que o número ideal para compor um time ágil varia entre 4 e 6 pessoas. Squads com mais de 7 pessoas tendem a apresentar lentidão nas tomadas de decisão e times com mais de 9 pessoas apresentam disfunções mais complexas, como a falta de integração, problemas de comunicação e quebras nas passagens de bastão.
Em organizações mais maduras e com baixo turnover – dado o ganho de produtividade inerente a times que trabalham mais tempo juntos -, Kari informa que é comum que projetos ou produtos sejam atribuídos a times já formados, fazendo apenas algumas trocas pontuais de pessoas.
“Para o desenvolvimento de produtos digitais, podemos pensar em alguns perfis profissionais para compor o squad ágil: Product Manager, Backender, Frontender, UX Designer, Quality Assurance e DevOps. Claro que aqui é preciso sempre considerar as características do produto que será entregue – stacks, objetivos de negócios, tempo de desenvolvimento e orçamento”, reforça.
Como valido projetos ou soluções dos squads ágeis?
Kari explica que cada empresa seguirá o seu caminho para validar os projetos e soluções construídos pelos squads. Um ponto importante que pode ser seguido é considerar que os squads ágeis são uma estrutura de time e de processo de trabalho e pensando em desenvolvimento de projetos de software, alguns indicadores podem ser adotados, como:
- Tempo de entrega de uma demanda;
- Qualidade de bugs que impactam os clientes;
- Quantidade de demandas entregues em um período;
- Tempo em que uma demanda fica parada;
Satisfação do cliente em relação as entregas
“Aqui não existe um formato perfeito que atenda todos os cenários. Muitas vezes, um modelo de gestão baseado em OKRs ajuda a manter vários squads alinhados com os objetivos de negócio da organização, e simplifica o processo de validação do ponto de vista de resultados entregues e não apenas funcionalidade do software”, complementa.
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