Recebi um artigo muito interessante, escrito por Brian Requarth e Thomas Floracks, diretores da VivaReal Network – uma “real estate marketplace” (espécie de agregadora de imóveis) que iniciou operações no Brasil (entre outros 12 países). Confira a tradução.
Em uma época em que a economia mundial deu uma estagnada, investimentos crescentes em tecnologia inteligente vem sendo feitos para redução de custos. Como um empreendedor que tem trabalhado principalmente nos Estados Unidos, os últimos anos me inspiraram a olhar para oportunidades no exterior.
No início de 2009, decidimos lançar um projeto no Brazil porque reconhecemos as oportunidades incríveis que o país apresenta em termos de crescimentos na economia, penetração de Internet e consumidores que passam bastante tempo on-line. Usar hospedagem na nuvem nos ajudou a manter custos baixos no lançamento beta do VivaReal, em um dos mercados mais animadores do mundo. Escrevi este artigo para dar uma ideia para as outras startups web sobre como podem se beneficiar disso.
A maioria das organizações aluga ou compra seus próprios servidores. Para startups com verba limitada, isso pode ser um custo alto. Além disso, replicar um ambiente para teste de estresse da estrutura costuma ser bem caro. Não sei quanto a vocês, mas quando começamos a olhar para os nossos custos, que dobravam a cada mês apenas por replicarmos um ambiente de teste, ficamos preocupados. Pensamos que deve haver outro jeito.
Bem-vindos ao mundo da computação em nuvem (cloud computing)! Podemos definir abordagens como infra-estrutura como serviço, plataforma como serviço e software como serviço. A palavra-chave é serviço. A indústria mudou: de comprar e alugar hardware (equipamento) para contratar serviço de um provedor. Vamos examinar um exemplo, Amazon Web Services (AWS), e como nós o usamos para hospedar nosso aplicativo.
Como funciona
A infra-estrutura do EC2 (Amazon Elastic Compute Cloud) é um centro de dados virtualizado e uma fazenda de servidores. O que nós realmente gostamos neste conceito é que ele acima desta camada de virtualização nós podemos lançar instâncias, etapas, lances de servidor por meio de simples chamadas de API ou uma interface web.
Quando se lança uma instância, há duas opções para as características do equipamento do servidor: CPU, memória, espaço em disco, 32bit x 64bit e performance I/O. Esta flexibilidade foi um dos fatores-chave pelos quais escolhemos usar o EC2 para hospedagem. Como uma startup, ficamos inseguros quanto aos requisites de equipamento e não tivemos tempo ou outros recursos para fazer testes caros de carregamento ou simulações de escalabilidade. Então apenas iniciamos e esperamos tudo dar certo.
Utility?
Na cobrança do EC2 e uso do S3 (Amazon Simple Storage Service), a Amazon usa o termo utility computing, que diz respeito ao modelo de negócio “pague o quanto usa”. Gosto do fato de pagar apenas pelos recursos realmente utilizados. O EC2 é faturado por horas de uso e o uso do S3 é baseado na quantidade de hospedagem que utilizamos. Para todos os serviços da Amazon, os usuários também pagam tráfego externo por GB transferido.
Vantagens perante a hospedagem clássica
Toda startup procura pela vantagem de poupar recursos. Hospedagem em nuvem é um complemento-chave para manter os custos baixos, e ao mesmo tempo permitem crescimento de escala:
- dispensa investimento inicial;
- dispensa contrato de longo prazo;
- pagamento por hora de servidor utilizada.
Outros fornecedores
É claro que a Amazon não é a única provedora de “infra-estrutura como serviço”. Muitas outras oferecem serviços similares – alguns mais especializados do que outros. Exemplos:
- Rackspacecloud;
- LocaWeb;
- Microsoft Azure Platform;
- Sun Cloud.
Este artigo foi enviado originalmente em inglês por Brian Requarth para publicação no Startupi.
Para ler mais:
- How cloud & utility computing are different (no GigaOm);
- 2010: o ano em que a gestão vai para as nuvens (no Saia do Lugar);
- blog Computing on the cloud
- Open Cloud Manifesto