Ontem eu assisti novamente a um dos meus filmes favoritos, O ponto de mutação, e lembrei que pela primeira vez a Semana Internacional de Artes Digitais e Alternativas (Siana) está acontecendo fora da França, e justamente no Brasil. Mas não lembrei do evento por causa dos efeitos especiais do filme (inexistentes), e sim por uma pergunta de uma personagem: como podemos viver em um mundo que não é metafísico?
Conforme o enredo do filme, precisamos imaginar nosso mundo e nos referir a ele; na mesma linha de pensamento, a vida e a evolução resultam muito mais de criação do que de adaptação. Um evento como a Siana (que mostra ao público e promove reflexão sobre o cruzamento entre a ciência, a arte e os usos possíveis das novas formas tecnológicas) posiciona-se na fonte de respostas, de referências e de inovação.
Pesquisadores e artistas do Brasil e da França oferecerem oficinas, espetáculos, conferências e exibições fora do eixo acadêmico norte-americano ou europeu, e fora do circuito entre São Paulo e Rio de Janeiro, certamente é intrigante para a imaginação e nos propõe várias metáforas, inclusive relacionadas à web 2.0 (para começar, a de que a inovação não precisa emergir do centro).
A Siana iniciou dia 29 de junho e vai até o dia 12 de julho. Acompanhe pelo twitter @sianabrasil, veja mais no blog e entenda melhor no site. A imagem deste post é da intervenção urbana Gravity, que utiliza projeção de imagens em prédio público.