Muita gente se pergunta (e me pergunta) sobre tendências. Isso sim é uma grande coisa tendenciosa! Ok, não foi engraçado. Agora imagina quantas vezes o Kevin Kelly já fez ou respondeu a esta pergunta.
Quem? Ele co-fundou a revista Wired em 1993, escreveu os livros “New Rules for the New Economy” (Novas regras para a nova economia), “Out of control” (Fora de controle) e “What technology wants” (O que a tecnologia quer), edita o blog Cool Tools, falou em alguns TEDs (não TEDx) e participa de podcasts de “budismo geek” defendendo um uso inteligente (não efusivo) da tecnologia.
Esta semana, na Web 2.0 Expo, KK palestrou defendeu em sua palestra “Seis verbos para os próximos vinte anos”. E é claro que esses seis verbos indicam tendências. Concordo que estamos cansados de usar esses verbos, mas vale retomar o por quê de cada um:
- screening – ver telas, zapear, filtrar: antigamente, havia a tela da TV e a do computador. Atualmente, e cada vez mais, as telas estão em cada lugar e KK acredita que todas as superfícies vão se tornar uma grande tela;
- interacting – interagir: para as pessoas, interagir costuma ser com os dedos, mas o iPad está mudando isso. Em breve, poderemos usar gestos, voz, câmeras e outras tecnologias. Citou Minority Report;
- sharing – compartilhar: estamos apenas no início da socialização das ideias, muito ainda vai evoluir, no caminho do auto-monitoramento de tudo o que fazemos com localização e tempo real;
- flowing – fluir: KK acredita estarmos em uma nova metáfora para a web. Antes era o desktop nos computadores, depois páginas em sites, agora é cada vez mais transmissão e atualização, conectados à web;
- accessing – acessar: no mundo para o qual nos direcionamos, vamos acessar mídia, não possui-la. Vimos isso com Netflix, mas logo também no mundo da música;
- generating – gerar: “a internet é a maior máquina copiadora do mundo”, ele falou. Vai se dar mais importância a coisas que não podem ser copiadas tão facilmente (pagamento facilitado, por exemplo). O imediatismo pode ser a chave – entre pagar por algo agora ou esperar para quando for copiado. Personalização pode ser outra chave.
O que você acha sobre isso? Qual verbo sua startup proporciona que os outros pratiquem? Qual será sua visão quando você tiver sido um hippie, depois um entusiasta multiplicador, depois um pega-leve?