O SegSummit foi idealizado por Christian Visval, criador da Revista Segurança Eletrônica, Adalberto Bem Haja, CEO da BHC Sistemas, e Kleber Reis, sócio da Ôguen Tecnologias, com o objetivo de criar um espaço colaborativo para o ecossistema de segurança.
Adalberto, um dos cofundadores do evento, conta o que motivou a criação do SegSummit. “A ideia nasceu um ano atrás, quando vimos a necessidade de o mercado de segurança pensar de forma mais ágil e tecnológica”.
Ele enfatiza que o setor, historicamente militarizado, precisava de uma abordagem mais moderna e aberta à inovação. Dessa forma, a iniciativa foi pensada como uma plataforma para testar e experimentar novos modelos, como o desenvolvimento de MVPs (Minimum Viable Product), utilizando uma abordagem mais dinâmica.
O SegSummit reuniu 150 expositores e promoveu painéis temáticos com ênfase em ESG, infraestrutura e mineração. Mais de 7 mil pessoas passaram pelo evento ao longo do dia.
Além dos expositores, a iniciativa ofereceu uma série de palestras e painéis, com destaque para a participação de nomes como Carla Sarni, CEO do grupo Salus, e João Kepler, Investidor-anjo, além do economista Ricardo Amorim, que encerrou o SegSummit com uma palestra focada na economia brasileira e global.
Um dos temas centrais do evento foi o impacto da tecnologia na segurança, com palestras e exposições apresentando soluções baseadas em inteligência artificial, monitoramento remoto e automação. As discussões também abordaram como a segurança eletrônica pode ser integrada a outros sistemas empresariais, permitindo maior controle de risco e respostas mais rápidas a incidentes.
Os participantes destacaram como as novas tecnologias têm transformado áreas críticas, como a proteção patrimonial e setores específicos, como o agronegócio e a energia. A introdução de soluções avançadas permite o monitoramento remoto de grandes extensões e o controle de operações sensíveis, aumentando a eficiência e reduzindo os custos operacionais.
Além disso, o evento trouxe à tona a crescente importância da segurança digital, especialmente no setor bancário e em grandes corporações, onde a proteção contra fraudes e crimes virtuais se tornou um ponto de atenção. Os especialistas presentes discutiram as melhores práticas e estratégias para mitigar os riscos associados à digitalização dos serviços financeiros.
Em entrevista ao Startupi, Adalberto Bem Haja destaca que o SegSummit foi estruturado com a ideia de criar um ecossistema de inovação no setor de segurança. “Nos desafiamos a criar um evento que focado em segurança e onde as pessoas pudessem trocar experiências e aprender”.
Para ele, é importante permitir que as empresas de segurança experimentem novas soluções e se adaptem a um mercado em rápida evolução.
Adalberto também ressalta o formato colaborativo do evento, que proporcionou um ambiente para a troca de experiências entre empresas, fornecedores e clientes. “Temos aqui empresas apresentando suas inovações, mas o diferencial é que quem fala são os próprios clientes, que trazem suas demandas diretamente para os expositores”, comenta.
Aldalberto também menciona a proposta de democratizar o acesso ao SegSummit, criando espaços mais acessíveis para expositores de diferentes tamanhos, o que, segundo ele, contribuiu para a diversidade de empresas participantes e para o engajamento do público.
O economista Ricardo Amorim foi o responsável pelo encerramento do evento, com uma palestra voltada para os rumos da economia global e seus impactos no Brasil. Ele analisou os principais fatores de risco que podem afetar o crescimento econômico do país, como uma eventual recessão nos Estados Unidos ou conflitos geopolíticos de grande escala.
“Se nossas contas públicas se mantiverem em ordem e não houver uma recessão forte nos EUA ou um conflito de grandes proporções no Oriente Médio envolvendo potências como Rússia e China, o Brasil continuará crescendo”, afirma Ricardo.
O economista também recomendou que os empresários invistam em tecnologia e no setor digital, áreas que, segundo ele, continuarão a atrair investimentos no cenário de crescimento projetado.
Adalberto acredita que o SegSummit 2024 marca o início de um novo ciclo no setor de segurança no Brasil. “O evento se consolidou como um ponto de encontro para profissionais que buscam soluções avançadas e práticas colaborativas para enfrentar os desafios do setor”, conclui o fundador.
Com a confirmação de uma nova edição para o dia 22 de outubro de 2025, o SegSummit pretende continuar fomentando o debate sobre o futuro da segurança e sua integração com as novas tecnologias.
Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!