No setor da saúde a pesquisa por conhecimento é constante e fundamental, principalmente com o ritmo acelerando que a ciência e tecnologia avançam. Assim, é comum que médicos de diferentes especialidades busquem trocar experiência com colegas. No entanto, na rotina corrida da medicina, é comum que novas dúvidas surjam na mesma velocidade que precisam ser solucionadas.
É neste cenário que, em 2020, nasce a SD Conecta. Ao lidar com a própria experiência e observar seus colegas de profissão, o médico radiologista Lorenzo Tomé criou a startup, uma plataforma de comunidades médicas que visa facilitar o compartilhamento de conhecimento em um ambiente seguro e composto por profissionais de diferentes locais.
O fundador se inspirou na agilidade de grupos de WhatsApp e outras redes sociais. “Entre o branco e o preto da medicina, existem vários tons de cinza, o que exige do médico um esforço enorme para saber qual conduta se adequa à realidade dele e à região geográfica em que ele atende. Desta forma a ideia foi propor um espaço dinâmico para discutir diversas questões científicas baseadas na experiência dos colegas, de maneira fácil e gratuita e rápida”, diz.
Comunidade de médicos
A plataforma é formal e gratuita, além de ser centralizada no setor de medicina, com o objetivo de proporcionar aos médicos comunidades especializadas em diferentes áreas do segmento médico para debater casos clínicos, esclarecer dúvidas, compartilhar experiências e receber suporte de especialistas renomados.
Para um médico entrar na plataforma, basta baixar o aplicativo SD Conecta nas lojas de aplicativos do celular, escolher a comunidade que deseja fazer parte e validar suas credenciais de médico com registro ativo. Uma vez que ele se torna membro, poderá ler os posts, comentar, postar, ver vídeos, acessar lives, produzir conteúdo e enquetes, ver a opinião de especialistas em casos complicados do dia a dia.
A SD Conecta monetiza através de informes publicitários e advertisement de empresas que querem mostrar produtos para os médicos, principalmente indústria farmacêutica. “Escalamos no mesmo modelo de uma rede social tradicional. A diferença é que somos nichados para médicos e o assunto compartilhado é científico”, explica o CEO Lorenzo.
Hoje a plataforma é composta pelas comunidades: Cardiologia; Endocrinologia; Pediatria; Hematologia; Inovação e Tecnologia na Saúde; Abordagem das Etapas da Jornada do Paciente; Biossimilares e Neutropenia; Tratamento de câncer de rim; Inovação em Oncologia e Hematologia Brasileira; Cirurgia Torácica; Telemedicina; Nefrologia; Ciência e informação; e Bases científicas para uso medicinal dos endocanabinomiméti-cos. Já são mais de 20 mil médicos cadastrados e 10 clientes pagantes.
“A SD Conecta é uma transmissão ágil do conhecimento científico, de forma democrática, sem conflito de interesses, sem barreiras geográficas, possibilitando que médicos mais experientes possam compartilhar conhecimento com médicos menos experientes, levando a aplicação do conhecimento de forma rápida e segura para quem mais importa, o paciente”, afirma Lorenzo.
Case de sucesso da SD Conecta
Tomé destaca que o modelo da plataforma, vigente há cerca de um ano, progrediu e foi aprimorado durante a pandemia, sendo resultado da crescente demanda por contato e ensino digital. A primeira comunidade de destaque da startup é a Cardiogram, direcionada para médicos especializados em cardiologia.
As interações no grupo acontecem diariamente, com a participação de profissionais que atuam em hospitais de referência, como por exemplo no Hospital Israelita Albert Einstein. Assim, em um ano de vida, já são mais de 10 mil participantes, quase 2 mil publicações, mais de 7,5 mil comentários nos posts e cerca de 23 mil interações entre os membros da comunidade.
Para o próximo ano, a meta é expandir o negócio de maneira sustentável, replicando o modelo bem-sucedido para outras especialidades já mapeadas, como oncologia, reumatologia, hematologia, pediatria e endocrinologia. Para avançar com os planos em 2024, Tomé e seu sócio optaram pela captação de investimentos pre-seed liderada pela Questum, assessoria de M&A e investimentos em startups.
Além disso, a startup quer aprimorar a inteligência artificial Dra Dria, que atua dentro das comunidades, trazendo recomendação de fontes seguras e relevantes de referências bibliográficas para os médicos, além de sugerir condutas para apoiar o médico na decisão clínica.
“O foco da Dra Dria é enriquecer o debate clínico com citação de material de estudo seguro e relevante. Não faz parte do escopo da Dra Dria lacrar a discussão e sim ampliar os horizontes científicos do médico. Uma inteligência artificial que opina e é aprimorada por uma comunidade de especialistas, trabalhando em conjunto com o médico, nunca o substituindo”, completa o CEO.
Para Tomé, as possibilidades da SD Conecta são positivas para todas as 55 especialidades da medicina. A visão de longo prazo é crescer de maneira sustentável, se mantendo fiel à essência de gerar mais valor para o setor de saúde e consolidar o papel da startup como uma referência no intercâmbio de conhecimentos médicos.
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