O IFTL anunciou a criação do Runflow, empresa voltada ao desenvolvimento e à operação de agentes de IA destinados a processos de negócios. A iniciativa marca a separação formal de uma unidade interna que havia produzido um agente usado para fluxos comerciais do próprio IFTL e que, após ganho de escala, tornou-se produto independente. A nova estrutura passa a organizar ofertas, atender demandas de clientes e ampliar funções com foco em usos corporativos.
O Runflow opera como plataforma para construção, gestão e monitoramento de agentes aplicados a rotinas de vendas, jurídico, atendimento e financeiro. A solução apresenta recursos de governança, métricas de impacto e controle de custos, permitindo que equipes técnicas integrem sistemas diversos, como SAP, Salesforce, TOTVS e Oracle, enquanto áreas de negócio acompanham dados em painéis atualizados continuamente. Os usuários podem ajustar prompts, inserir informações e revisar conjuntos de dados diretamente na interface, acelerando ciclos de melhoria de cada agente.
A empresa informa ter superado R$ 2,6 milhões em receita anual recorrente, com previsão de alcançar R$ 3,6 milhões até o encerramento do ano. O ritmo atual indica avanço médio mensal de 33%. Segundo o Runflow, a operação mantém equilíbrio financeiro e geração de caixa. O portfólio contabiliza 15 clientes, entre eles PX Ativos Judiciais, Grupo Osten e Grupo Cornélio Brennand. A expectativa é encerrar o ano com 20 contratos ativos.
Edmee Moreira, cofundadora e CEO, afirma que a criação da spin-off busca ampliar o uso estruturado de agentes em ambientes corporativos. Ela ressalta que o histórico dentro do IFTL ajudou a moldar o produto e a validar o modelo, abrindo espaço para expansão junto a organizações com necessidades distintas. Moreira explica que empresas atendidas relatam ganhos de escala e eficiência operacional em fluxos internos, o que reforça a estratégia de consolidar a plataforma como base para automação.
O Runflow oferece mais de 150 conectores prontos para integração. De acordo com Danrley Morais, cofundador e CTO, o sistema reduz o tempo necessário para desenvolvimento de agentes quando comparado a métodos convencionais. Morais afirma que a combinação entre conectores, arquitetura modular e capacidade de ajustes rápidos facilita a adoção por equipes técnicas e reduz etapas de implementação. Ele destaca que a evolução do produto segue alinhada às solicitações de clientes e ao avanço da tecnologia aplicada a ambientes corporativos.
O próximo estágio da plataforma inclui novos aceleradores para criação e operação de agentes, ambientes multiusuário com integração CI/CD, marketplace segmentado por indústria e camadas ampliadas de segurança, observabilidade e analytics voltados a desempenho, custos e retorno financeiro. As atualizações buscam apoiar equipes que lidam com fluxos complexos e que precisam de monitoramento contínuo e parâmetros claros para tomada de decisão.
O IFTL continua dedicado à formação de profissionais em IA, estratégia e tecnologia. A edtech mantém foco em capacitação corporativa e afirma que a separação formal do Runflow permite segmentar frentes distintas: educação, com programas voltados a equipes em busca de uso estratégico da tecnologia, e aplicação prática, com agentes que assumem partes de processos internos de organizações atendidas.
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