Na próxima quarta (26) Ribeirão Preto (SP) vai inaugurar o Supera Parque de Inovação e Tecnologia, uma iniciativa formada a partir de parceria entre a Fipase (Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde), USP, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. O objetivo do novo parque é impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico da região.
“Essa parceria cria um ambiente facilitador para a integração entre os centros de pesquisas cientificas e o setor produtivo, proporcionando maior eficiência na criação e transformação do conhecimento em riqueza”, afirmou Adilton Carneiro, diretor-presidente da Fipase. A Fundação, como gestora, já está instalada na área do Parque e reúne em um mesmo ambiente a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia e o Centro de Negócios.
O Parque foi planejado em três etapas: na primeira, com inauguração no próximo dia 26, foram construídos os prédios que recebem a Supera Incubadora de Empresas e do Centro de Tecnologia. Na segunda, estão previstas as instalações da Supera Aceleradora e do Núcleo Administrativo e, na terceira, a urbanização dos lotes para instalação de empresas.
Eduardo Cicconi, gerente do Parque, diz que a ideia é que o parque seja um ambiente de convivência e sinergia entre universidade, o poder público e empresas que realizem atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação. O gerente estima que a segunda e a terceira parte do parque sejam construídas em até dois anos.
A Supera Incubadora de Empresa foi criada em junho de 2003, para auxiliar na criação de empresas de base tecnológica. A Incubadora atua, no momento, com 32 empresas, sendo 9 em pré-residência, 20 em residência e 3 associadas. Cicconi diz que o novo prédio tem capacidade para abrigar até 60 empresas.
Além da incubadora, do centro de tecnologia e do centro de negócios, já em operação, o Supera Parque deve abrigar centros de formação de mão de obra, empresas inovadoras e outros laboratórios de serviços tecnológicos.
Quatro perguntas para Eduardo Cicconi, gerente do Supera Parque.
Por que é importante ter um parque tecnológico em Ribeirão Preto?
Na verdade, o parque é a consolidação de diversas medidas que foram tomadas no passado. Desde a criação da Fipase em 2001, a criação da incubadora em 2003, do Arranjo Produtivo Local e a da indústria do software. Tudo cumina na criação do Parque inaugurado na quarta.
O parque é importante para Ribeirão e para a região. Um dos objetivos dele é aproximar o setor industrial, empresarial e tecnológico com a academia e com a universidade, por isso a parceria com a unversidade e o fato dele estar numa universidade: para incentivar tecnologias criadas lá. Mas claro que o Parque também é importante para geração de empregos e renda para o município.
A aceleradora deve ser inaugurada quando?
O projeto dela já está pronto, desenhado. Estamos agora buscando recursos para a construção do prédio, mas esperamos inaugurá-lo em dois anos.
Vocês querem focar em startups de Ribeirão ou atrair startups para a cidade?
As duas coisas são importantes. Incentivamos a criação de novas empresas, mas nosso objetivo final é que as empresas se instalem em Ribeirão Preto. O segundo prédio de tecnologia, por exemplo, vai ser um centro de negócios destinados a empresas egressas da incubadora.
Vocês pretendem buscar empresas em áreas de atuação específica?
Temos áreas prioritárias que são áreas que o município já tem muita competência instalada, como farmacos, medicamentos, biotecnologia, cosméticos. Mas não excluímos nenhum projeto desde que seja inovador e de base tecnológica.