Por Bruna Galati
No Gramado Summit, um dos maiores eventos de inovação do Brasil, uma palestra sobre a intersecção entre educação e tecnologia despertou a atenção do público. Suzana Kakuta, cofundadora da Startup Academy, e Lars Janér, cofundador da EduBank, compartilharam insights sobre como a tecnologia está remodelando o panorama educacional brasileiro.
Suzana Kakuta destacou a importância de uma educação empreendedora focada na transformação e na geração de PIB. “O Brasil é um país que precisa urgentemente gerar PIB. Educação empreendedora visa unir educação e geração de riqueza”, explicou e compartilhou que esse é um princípio fundamental por trás da Startup Academy, primeiro curso superior certificado pelo Ministério da Educação (MEC) do Rio Grande do Sul com foco na formação de novos empreendedores.
A empreendedora afirmou que cerca de 30% da população jovem do Brasil, entre 18 e 24 anos, encontra-se desengajada do mercado de trabalho e da educação formal. Para muitos desses jovens, a falta de alternativas, a desconexão entre a educação tradicional e as demandas do mercado de trabalho são desafios significativos. Suzana enfatizou a necessidade de um novo modelo educacional que transforme o aprendizado em geração direta de riqueza.
Lars compartilhou a sua opinião sobre o uso da inteligência artificial na educação, destacando tanto os benefícios quanto os desafios associados a essa inovação. Em sua análise, abordou o medo recorrente de que a tecnologia substitua os professores, observando que essa preocupação existe há décadas. No entanto, o papel do professor na interação e conexão com os alunos é insubstituível e continua a ser crucial, mesmo com o avanço da tecnologia.
Ao discutir o impacto da IA na sala de aula, Lars reconheceu que a chegada da IA à educação foi rápida e transformadora. Isso gerou uma urgência na compreensão de seu impacto e na adoção de medidas para seu uso positivo. Ele enfatizou a importância de preparar os alunos para o uso da IA e ela pode oferecer benefícios significativos, como a personalização do aprendizado através de tutores individuais para cada aluno, ajudando a nivelar e acompanhar o progresso dos estudantes.
Para finalizar a palestra, Alsones Baletrin, cofundador do Startup Academy, compartilhou a sua visão sobre IA na educação. “Não acredito que a inteligência artificial no futuro próximo vai substituir o professor, vai substituir o médico, vai substituir o advogado, vai substituir o engenheiro, mas sim o profissional que fizer uso dessas tecnologias”. Para Baletrin, a capacidade de utilizar a tecnologia para ampliar a inteligência e a visão pessoal será crucial para se destacar no mercado.
Ele ressaltou que a resistência a essas inovações pode limitar o progresso e que é fundamental que os profissionais da educação se engajem com as tecnologias disponíveis. A tecnologia já transformou muitos aspectos de nossas vidas e que a educação não deve ser uma exceção a esse avanço. “Em vez de ser uma fonte única de conhecimento, os professores devem adotar abordagens mais colaborativas e integradas, aproveitando as ferramentas tecnológicas disponíveis para enriquecer o aprendizado dos alunos.”
Além disso, destacou a necessidade de contextualizar o cenário educacional brasileiro, onde apenas uma pequena parcela dos jovens tem acesso à educação superior. Segundo ele, é essencial buscar formas de tornar a educação mais atrativa e acessível, a fim de elevar o Brasil a patamares melhores no cenário educacional global. “Os próximos anos serão cruciais para entendermos como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na transformação da educação e na preparação dos jovens para os desafios do futuro”, concluiu Baletrin.
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