Este texto foi enviado para publicação por Vitor Asseituno Morais, da Equipe EmpreenderSaúde, e refere-se a este evento.
“Cheguei no TechDay no começo da palestra do byMK, aquele site em que você escolhe roupas e monta looks. Não paga nada, mas também não compra. Eles estavam falando sobre a tecnologia que está todo mundo falando em que você clica nas roupas de uma proganda e elas remetem você para o site. Por exemplo, tem uma modelo fazendo proganda de perfume, mas todas as roupas e acessórios que ela usa podem ser clicáveis e comprados (aquela lenda da TV Digital que poucos viram). A ideia é muito boa, vamos ver o quanto vai ser aplicada e vai dar retorno de fato.
Um dos sócios do byMK, o Flávio Pripas, falou sobre o conhecimento que as redes sociais tem do usuário e que utilizam isso para oferecer produtos de modo que não pareça uma intromissão ou um spam. Deu exemplo da Unilever que colocou no site da byMK a opção de sugerir ao usuário o sabão em pó de acordo com o material da roupa com a qual ele brincando no site.
Deu exemplo também do Privalia (a Débora Capobianco do Privalia estava presente) que utiliza a interação com o usuário de maneira intensa, mas ainda está estudando maneiras de se inserir no meio de toda a conversa (como aquelas rodinhas de conversa que todo mundo está falando ao mesmo tempo e você não consegue começar uma frase).
Um dos exemplos que ele deu foi o de as marcas patrocinarem os fóruns que em as pessoas falam sobre elas (super criativo…). O que eu senti foi que todo sabe o que deve fazer (interagir), mas poucos tem ideia ainda de como fazê-lo pensando fugindo do lugar comum.
Uma ferramenta que gera muita informação pra eles são os concursos culturais. Por exemplo o que fizeram com a marca Renner, as pessoas montaram mais de 1 mil looks com a coleção, o que mostra que os usuários interagiram com a marca e fornece muita informação sobre a preferência deles, como qual calça foi mais utilizada nas montagens etc (ponto pro byMK!).
A C&A, por exemplo, recebe no estilo Trending Topics (real time), com quais roupas as pessoas estão passando mais tempo, o que gera inteligência de negócio para a empresa que pode alterar sua programação de produção e distribuição, por exemplo.
Algumas coisas interessantes sobre o modelo de negócio do byMK: eles tem hoje 1 milhão e meio de produtos no site e fatura através de patrocínio (estilo banner) ou nas buscas (estilo links patrocinados do google – quem paga mais pode ter a sua roupa mostrada primeiro).
Após o byMK, foi a vez do Renato Shirakashi, do Scup, que faz monitoramento de redes socias. De interessante, pontuou a importância das pessoas no monitoramento e que se deve definir muito bem toda a estratégia de monitoramento antes de fazê-la de fato. Definir se é o monitoramento será institucional de marca ou produto (atendimento/relacionamento/análise), ou monitoramento de concorrentes (análise) ou monitoramento de mercado (análise). A distinção muda toda a estratégia.
Renato falou sobre as palavras-chave e que tem que se ter noção de redes sociais pra comandar o monitoramento. E tem que se saber muito pra escolher as palavras-chave. There is no coming back. Se você escolher a palavra-chave errada, quando descobrir pode ter perdido meses de monitoramento que não voltam. E o Scup não dá o seu dinheiro de volta (cada monitoramento fica em torno de R$ 500,00 – R$ 25.000,00/mês). “Uma maneira de evitar surpresas é simular o monitoramento logo após terminar de programá-lo”.
Após capturados os dados, tem que se definir sua polaridade (positivo, negativo, neutros) – o que é ainda muito precário porque tem que ser feito sempre por um ser humano e, por exemplo no Twitter, capta somente parte das conversa, então tem que decidir se uma frase fala bem ou mal sem o contexto. Outra necessidade é taguear os resultados por assunto, por exemplo. Separar a “pilha” de críticas, sugestões etc. Se não vai ler tudo e no final não vai saber nada sobre o que leu. Uma maneira de simplificar o processo é analisar por amostragem.
Monitorada a rede, tem que se definir a estratégia de ação, o que será feito em resposta aos resultados. Os comentários serão respondidos? Quais as políticas de resposta?
No final a Juliana Lima, do Apontador fez uma dinâmica em que as pessoas tinham que desenvolver estratégias de redes sociais baseados nas escolhas do público. Não vou discorrer sobre os resultados, mas as propostas foram:
- 1 – Empresa de aviamento que precisa vender botões de pérola no Tumbler
- 2 – Limpadora de fossas que quer mostrar que é um trabalho digno e limpo e contratar mais pelo LinkedIn
- 3 – Ajudar os presidiários a ter uma vida melhor com foco nos policiais utilizando o ning (acho que ninguém entendeu essa)
- 4 – Um açougue com o objetivo de converter vegetarianos pelo MySpace
Nem preciso dizer que foi muito engraçado. Parabéns Apontador pela parceria com o Twitter! Orgulho do Brasil! Parabéns também ao IMasters, IBM e Pto de Contato pelo evento!”