Palhacentos, bregas. ridídulos e não se levam a sério. Sim vovó, você está certa, mas eles falaram a palavra “amor” mais do que qualquer outra durante sua entrevista no palco do Disrupt. Por que é que os caras do RapGenius são considerados diferentes? Tipo, merecedores dos 15 milhões de dólares investidos na companhia deles pelo fundo Andreessen Horowitz? (Marc Andreessen criou o primeiro navegador, o Mosaic, e junto com Ben Horowitz investiu cedo em Facebook, Foursquare, Twitter, Pinterest…).
O que os míticos criadores e visionários da web tem na cabeça ao apadrinharem com dinheiro, ajuda e reputação esses manos de boutique que moram na praia? Afinal, eles mesmos recomendaram a empreendedores que não se preocupem com entrar em aceleradoras tipo YCombinator, nem se preocuparem com dinheiro ou em passar uma imagem de dedicação. “Muita gente quer que a gente mude”.
Bem, hoje no palco eles defenderam isso dizendo que até o advogado Lawrence Lessig (pilar do movimento de cultura livre, professor de Harvard e co-fundador do Creative Commons) é usuário do site – com conta verificada (veja a dele). O RapGenius nasceu como um site que explicava as letras de rap, mas virou uma plataforma de “crowdsourcing annotation” na qual qualquer pessoa pode inserir seus comentários, anotações sobre qualquer texto. “Vários professores de faculdade estão fazendo seus alunos usarem RapGenius e estão comentando grandes clássicos da literatura e textos técnicos”, comentaram os fundadores.
É mesmo, vovó, talvez eles estejam só querendo passar uma imagem de livres, leves e soltos enquanto se matam trabalhando “like a bros”.