Por Bruna Galati
Fundada por ex-alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Quero Educação, edtech com 10 anos de atuação em soluções para mais de 10 mil instituições de ensino em todo o Brasil e mais de 1 milhão de alunos matriculados, acaba de lançar duas ferramentas inovadoras de Inteligência Artificial para educação – da educação básica ao ensino superior.
A primeira delas é voltada para a captação e a segunda para a tutoria do estudante. “Vamos tornar a empresa referência em IA para instituições de ensino do país. As soluções são abrangentes e deverão impactar positivamente o relacionamento entre instituições de ensino e alunos com ganhos significativos em agilidade e qualidade em todos os produtos ofertados por cada instituição”, afirma André Narciso, CEO da Quero Educação.
Como as soluções foram criadas?
De acordo com Bruno Passarelli, sócio e diretor de operações da Quero IA, toda startup é lançada para resolver um problema e a Quero Educação estava com uma dor dentro de casa. Em 2019, a startup desenvolveu um modelo de IA próprio, chamado Quiara, um chatbot responsável pela automatização das respostas para o atendimento aos alunos. Com o avanço do ChatGPT, Bart e outras plataformas de IA, a Quero expandiu suas operações e avançou a aplicação de metodologias de ensino.
“A Quero Educação viu uma oportunidade no mercado para fomentar, mas também olhou muito para dentro. Nós temos hoje um volume enorme de tráfego de atendimento de alunos, adotamos a IA para o atendimento, mas também agora temos um banco de dados de mais de 15 milhões de atendimentos. A gente desenvolveu internamente um produto para resolver a nossa dor e vimos uma oportunidade para vender para o mercado”, afirma Bruno da Quero Educação.
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Quais são as soluções da Quero Educação?
As soluções desenvolvidas se dividem em dois grupos, de captação de alunos – conjunto de ações e estratégias desenvolvidas por uma instituição para atrair e transformar leads em alunos matriculados – e a de tutoria de alunos.
A solução de captação de alunos, dividido em três etapas. Na primeira fase, que é manual, a equipe de operações realiza atendimentos personalizados aos potenciais alunos, utilizando métodos tradicionais de vendas, como ligações telefônicas e interações por WhatsApp e e-mail. Essa fase gera um banco de dados específico para cada instituição. Na segunda fase, ocorre uma transição para um modelo híbrido, onde a inteligência artificial sugere respostas aos consultores, avaliando o histórico de conversas, identificando o tom de voz do aluno e o analisando o formato já utilizados pela instituição. A última etapa estará disponível no futuro e consiste em um atendimento quase exclusivamente realizado pela IA, com a presença de um operador humano como backup.
A solução de tutoria será desenvolvida em três etapas e também se adapta conforme as necessidades e metodologias de cada instituição. Na primeira, deverá elevar a qualidade do atendimento aos alunos e pais para assuntos de secretaria, finanças e processos da instituição de ensino – o que corresponde a mais de 70% dos problemas dos alunos que acessam esse serviço atualmente.
A etapa seguinte, apoiará o aluno nas dúvidas técnicas referidas ao curso escolhido, conversando com o material didático e o plano de aula da instituição. Para a criação dessa fase, a Quero Educação avaliou o Brasil no ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e entendeu que o país está em uma posição desfavorável. “Com uma média de 400 pontos, o Brasil está abaixo dos 488 pontos da média dos demais países. No entanto, é possível transformar essa realidade por meio da educação. Essa solução tem o objetivo de impulsionar essa transformação no Brasil”, explica Bruno.
Um estudo realizado em 1984, por Benjamin Blum, revelou a diferença de desempenho entre alunos que recebem instrução individualizada e aqueles que participam de aulas em grupo. Os resultados mostraram que os alunos que tiveram tutoria individual apresentaram um desempenho duas vezes acima daqueles que receberam instrução em grupo. Esse insight comprova que a tutoria individualizada é altamente eficaz para elevar o nível de ensino. No entanto, a implementação dessa abordagem sempre foi desafiadora devido às limitações de escala dos professores, tempo e custo das instituições. É nesse ponto que a inteligência artificial entra em cena.
A Quero Educação acredita que a IA pode ser uma aliada complementar no processo educacional, trabalhando em parceria com os professores e ampliando o acesso à educação de qualidade. Através do WhatsApp, os alunos – a partir do ensino fundamental II ou anos finais – podem tirar dúvidas sobre as matérias que estão aprendendo em sala de aula por escrito ou por áudio. As respostas informam de onde o conteúdo foi retirado, como mostra o exemplo a seguir:
Mais para a frente a inteligência artificial irá criar metodologias de reforço individual com base no desempenho e dificuldades do aluno e também no futuro os alunos poderão tirar dúvidas de exercício enviando foto das suas resoluções para entender o que foi feito de errado. Para ter acesso às soluções da Quero Educação, os alunos precisam estar matriculados em instituições que firmaram parceria com a startup.
Futuro da educação com IA
A Quero Educação também possui competência no desenvolvimento de testes vocacionais, que serão integrados à solução de captação, auxiliando os alunos na difícil escolha do curso. A empresa espera um aumento significativo na captação de alunos, já que atualmente representa mais de 10% da captação de instituições de ensino superior no Brasil e busca aumentar esse número ainda mais, auxiliando as instituições a atrair mais alunos e ajudando os estudantes a escolherem cursos adequados, tanto no ensino superior quanto em cursos de idiomas, técnicos, livres, entre outros.
Em relação ao futuro da educação com inteligência artificial, o representante destaca que a IA proporcionará uma transformação positiva. “Não acreditamos que a IA substituirá a educação, pelo contrário, ela é complementar ao trabalho dos professores e das instituições. Acreditamos no impacto positivo que a combinação do humano com a tecnologia pode trazer”, conclui o especialista da Quero Educação.
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