Compartilho aqui uma resenha do Renê Fernandes, que completou 5 anos trabalhando oficialmente (informalmente desde 2005) no Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV (FGVcenn) e já publicou alguns posts no Startupi.
Ele conta e analisa o caso de um empreendedor norte-americano que veio fazer negócios no Brasil com a sua startup Colingo, que atua de forma inovadora na questão “pratique inglês com americanos nativos”. Confira e inspire-se.
Recebi no FGVcenn o empreendedor Lee Jacobs, da Colingo. Ele e seu sócio Benjamin (Ben) Lowenstein estão lançando uma plataforma de ensino de inglês para brasileiros. A idéia é que seja possível conversar online com um tutor norte-americano, aprendendo inglês em um sistema que permite mapear as principais falhas e dar feedback em tempo real, mostrando as maneiras para que o aluno possa melhorar sua fluência.
Ben é formado em neurolinguística e identificou, em uma viagem ao Chile, uma demanda de guias turísticos locais em aprender inglês e terem maior competitividade. Ao voltar ao Silicon Valley ele decidiu criar alguma coisa que pudesse resolver este problema. Ele aprendeu programação, trabalhou em algumas startups de internet e, quando ele encontrou com Lee, eles decidiram levar adiante o projeto da Colingo. O foco inicial da companhia é o mercado brasileiro. Eles identificaram a baixa proficiência em inglês nos brasileiro, principalmente diante do crescimento econômico recente e dos desafios com a internacionalização e os grandes eventos que virão em 2014 e 2016. Assim, a plataforma online está preparada para reconhecer os principais problemas (erros) que uma pessoa que fala português teria.
Eles já receberam aporte do fundo de investimentos 500 Startups, nos EUA, que tem tido um contato próximo com o Brasil graças ao trabalho da Bedy Yang e do empreendedor e VC Dave McClure, que tem feito visitas ao país recentemente.
Atualmente Ben e Lee estão no país apresentando a plataforma para potenciais parceiros e buscando um modelo de negócio para atrair clientes. A FGV é uma das possibilidades, junto com outras faculdades. Os estudantes que ainda não tiveram experiência internacional podem se aproveitar da plataforma para os desafios que a carreira depois de formados vai trazer. Outro ponto focal da companhia pode ser os empreendedores que estão buscando se internacionalizar.
Em posts anteriores eu já falei das principais falhas dos brasileiros ao fazer um pitch. Uma delas é a pouca fluência em inglês. Nós sempre vemos isto nas competições internacionais que fazemos por aqui ou quando levamos startups locais para competir fora. E as possibilidades não param por aí. Vale a pena entrar na plataforma e fazer algumas sessões enquanto ainda é de graça (a página deles no Facebook é www.facebook.com/colingo).
A 500 Startups e outros investidores já demonstraram interesse em investir em empresas daqui ou relacionadas com o mercado brasileiro. As startups tanto daqui, como de lá, têm mais ferramentas para explorar os mercados. Espero que este exemplo seja só um começo.