Cinco argumentos típicos usados por pessoas que não acreditam em um modelo de mercado virtual para Private Equity, Fusões e Aquisições – e cinco razões pelas quais o mercado vai se desenvolver assim, mais cedo ou mais tarde!
Depois da alegoria na parte 1, vamos agora fazer uma sessão de perguntas e respostas com um interlocutor duvidoso imaginário.
Thierry Larose é moderador do Online M&A Brazil – confira a Newsletter – e parceiro colaborador do Startupi.
1) Como negócios de private equity possivelmente adotariam um modelo de marketplace se são, a princípio, não-públicos? Da mesma forma, fusões e aquisições requerem confidencialidade e discrição; portanto, qual é o benefício de usar um marketplace público ou semi-público?
Usar um marketplace para publicar uma oportunidade de negócios não significa revelação de todos os detalhes para o público. A inteligência continua ao controle do fornecedor da oportunidade, que pode ajustar a assimetria da informação conforme achar necessário.
O mercado de imóveis residenciais é provavelmente melhor exemplo de o que os marketplaces podem trazer para um determinado mercado. Neste mercado, agora 95% das transações são concluídas, ou ao menos geradas de forma on-line – mesmo as mais atípicas e exclusivas. LinkedIn é outro bom exemplo: quem diria, há cinco anos, que haveria um marketplace on-line para currículos com quase 5 milhões de usuários?
2) O modelo marketplace só é bom para pequenas startups e captações que ninguém conhece ainda, porque o mercado iria reconhecer imediatamente qualquer oportunidade grande ou mídia, mesmo se escondida em um perfil não-identificado.
Startups e pequenos negócios precisam de ajuda para levantar capital, seja sede ou venture. Em si, isso já seria uma baita realização se o marketplace tivesse sucesso nessa tarefa – especialmente no Brasil, onde a maioria do foco internacional recai sobre grandes captações.
Dito isso, não vejo como grandes negócios também não se beneficiem do serviço em algumas instâncias. Como falei no primeiro artigo, se o seu objetivo é comprar ou vender um negócio, ou um ativo, o mais rápido possível e a um preço justo, é mais eficiente publicar um slide em um perfil não-identificado de um marketplace do que enviar centenas de teares para sua agenda de endereços inteira.
3) Provavelmente intermediários não vão adotar o modelo porque isso pode matar o negócio deles.
Discordo totalmente. Marketplaces de imóveis terminaram com os negócios dos intermediários? Claro que não. Do contrário, os marketplaces on-line deram um forte movimento nas atividades deles! Todos os mercados são feitos de compradores, vendedores e intermediários, seja na vida real ou na Internet.
4) Que garantias temos de que as pessoas no marketplace são sérias, e que as oportunidades apresentadas sejam reais?
Temos as mesmas garantias de quando encontramos alguém em um evento profissional, por exemplo. Nosso objetivo é colocar as pessoas, que julgamos serem sérias, umas em contato com as outras. Quando o contato é feito, ambas partes vão cruzar suas checagens de referência e deu diligence antes de continuar a discussão – bem como você faria ao ser apresentado a alguém em um evento.
5) Usar um marketplace vai aumentar meus custos ou reduzir minha comissão, certo?
Se uma apresentação permite a você fechar um negócio de forma satisfatória para todos, então o serviço vai valer uma taxa de finder. Este sempre foi o caso, então por que seria diferente em um marketplace on-line?
Thierry Larose é moderador do Online M&A – confira a newsletter – e parceiro colaborador do Startupi.