O cenário de inovação no Brasil foi o foco de discussões durante o Café com Capital, evento da Bossa Invest que aconteceu nesta quinta-feira (5) e reuniu os especialistas Igor Piquet, Head Latam do Fundo Endeavor Catalyst, e Edson Machado, Head de Inovação e Parcerias Estratégicas na Ibmec. Os convidados abordaram temas cruciais para o desenvolvimento do ecossistema de startups no país.
O evento começou com as palavras de Igor Piquet, que destacou a atuação do Fundo Endeavor Catalyst no mercado de investimentos. “Nós somos focados em rodadas de séries B em diante de startups e podemos ser considerados um fundo de crescimento. Estamos presentes em países emergentes e temos uma visão global, apostando em empresas que estão fora do radar”, afirmou.
Edson Machado, por sua vez, ressaltou a importância da colaboração entre diferentes partes do ecossistema de inovação. “No Brasil, notamos que há poucas políticas públicas de fomento ao empreendedorismo e à inovação. O cenário só vai mudar quando governo, academia e empresas trabalharem juntos para capacitar empreendedores.”
O head da Ibmec também destacou os cinco pilares para fortalecer o ecossistema de startups no país: empreendedorismo, academia, mercado e capital. A academia, em particular, foi destacada como uma peça fundamental para impulsionar a inovação, desde que seja mais pró-ativa em se aproximar das empresas e do mercado. Os participantes concordaram que, apesar dos desafios, o país possui um grande potencial para se tornar um polo de inovação global.
“A academia deve ir além de ser a guardiã do conhecimento e focar em soluções práticas para os problemas da sociedade. É necessário criar um círculo virtuoso em que o conhecimento seja aplicado para resolver desafios reais”, concluiu Edson.
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Perspectivas macroeconômicas para o ecossistema de startups
Durante o evento, Igor Piquet compartilhou sua visão sobre as perspectivas macroeconômicas e como isso afeta o mercado de investimentos em startups. O palestrante observou que o Brasil, assim como o mundo, passou por um ano atípico durante a pandemia, com uma pequena retração em 2020, seguida de um crescimento de investimentos em startups notável em 2021.
Ele destacou que o mercado teve um começo instável no início deste ano, mas experimentou uma recuperação significativa em agosto, que foi o melhor mês do ano até então. Ele sugeriu que os investidores olhassem para o futuro com uma perspectiva de longo prazo e considerassem a diversificação de suas carteiras, enfatizando a importância de entender os ciclos do mercado e permanecer adaptável ao longo do tempo.
“Ao longo dos anos, aprendi que os mercados passam por ciclos e transformações. É fundamental estar ciente desses ciclos e se adaptar a eles. A diversificação de carteira é uma estratégia comprovada que oferece um dos melhores retornos ao longo das décadas”, afirmou Igor.
Ele também mencionou a importância de manter um foco de longo prazo e de não se deixar levar por oscilações de curto prazo. “É preciso olhar além das estatísticas de curto prazo e se concentrar em investimentos de qualidade que entregam resultados consistentes ao longo do tempo”, destacou Igor.
Em relação às perspectivas de mercado, ele mencionou que muitas startups tiveram valorizações significativas, mas agora a estratégia é focar os investimentos nas que têm potencial para se tornarem líderes em seus respectivos setores.
Ele enfatizou que o ecossistema empreendedor no Brasil está evoluindo, com empreendedores mais preparados e um ambiente mais favorável para investimentos. Igor expressou otimismo em relação ao potencial de crescimento do mercado brasileiro e destacou a importância de fazer investimentos a preços razoáveis.
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