Eu não conhecia a Plug antes de visitar o espaço na sexta-feira a convite do Jorge Pacheco, cofundador do espaço. E talvez nem vocês saibam o que eles andam fazendo por lá, já que essa startup ficou conhecida sobretudo pelo trabalho desenvolvido com o esquema coworking quando foi fundada, em maio de 2012. Só que, nesse ínterim, a Plug virou muito mais do que isso.
Dizem por aí que a primeira impressão é a que fica: a minha vai muito bem, obrigada, sobretudo porque achei o espaço demais. É um verdadeiro ecossistema para o desenvolvimento de pessoas e de negócios. Além daquelas mesas amplas do modelo tradicional de coworking, algumas das empresas têm pequenas saletas – pequenos boxes de vidro, mesmo – nas quais desenvolvem trabalhos, sejam online ou off-line. A Anjos do Brasil, por exemplo, mantém o seu QG lá. E muitas outras – de comunicação, principalmente. Foi daí, inclusive, que nasceu outra grande sacada da Plug.
Se a maior parte das empresas que existem dentro da Plug são de comunicação, me explicou Pacheco, por que não capitalizar isso? É dentro do princípio de criação colaborativa de negócios que nasceu o conceito da plug N’create, plataforma de criação e desenvolvimento colaborativo executada pelos membros da Plug – as startups e pessoas que lá estão.
“Isso, no caso da comunicação, reduz muito os preços em cotações de orçamento, já que não precisamos manter aqueles escritórios com saguões imensos e elegantes”, me explicou Pacheco, comparando as magnatas da publicidade com o módico e descolado espaço de 700 m² localizado na Vila Olímpia. A ideia, de fato, é trazer novos clientes e projetos para a comunidade que trabalha na Plug – cada qual cumprindo a sua parte em marketing, design, mídia e campanha.
Segundo ele me contou, hoje a Plug hospeda mais de 15 agências que atendem aos segmentos de desenvolvimento de softwares, design gráfico, editoração de revistas, digital media, webdesign, edição de vídeos, publicidade.
Além disso, a Plug n’Develop é um dos focos de business development da empresa: que incluem mentoria, desenvolvimento de estratégia e business plan, disciplina operativa, consultoria financeira e abertura de canais comerciais para startups.
Até então, quatro empresas – duas de moda e duas de tecnologia – usufruem desse tentáculo da Plug. “Procuramos investir em empresas que já têm uma trajetória de mercado”, explicou Pacheco. “Ideias todos têm diariamente, mas preferimos empresas consolidadas porque conseguimos observar o potencial delas para orientação e business development.”
Além de tudo isso – ufa! – foi por lá mesmo que começou ontem um programa de aceleração do pessoal da Startup Farm, cuja sede fica na própria Plug. Veja, abaixo, a lista das selecionadas que eles me repassaram.
(Na foto que ilustra a reportagem, um dos espaços internos da Plug; créditos Flickr)