No início de 2013, filme sobre a jornada de empreendedores de startups de tecnologia terá pré-lançamento em várias cidades do país.
Eles sonham alto e são otimistas incorrigíveis. Por isso, muitas vezes, o tombo que levam é maior do que o dos outros homens. Mas, quando isso acontece, logo se reerguem para tentar de novo, de peito aberto, porque seu propósito é maior do que eles mesmos. São taxados de loucos porque fazem aquilo que gostam sem a garantia de ter algo em troca. E, apesar de tudo, seguem com muito brilho nos olhos por um caminho de dificuldades e aprendizados, acumulando experiência e uma certeza inabalável de que fracassar é estar mais próximo do sucesso.
Os donos dessas características fora do comum, hoje conhecidos como empreendedores, são o foco do documentário “Vai que dá”, uma produção da Endeavor Brasil, realizada pela BigBonsai com o patrocínio da Locaweb e apoio da Visa, que terá seu pré-lançamento no início de 2013, em eventos por todo o país.
Com seis episódios, o filme retrata a trajetória de seis brasileiros fora do comum, que dedicam a sua energia à construção deempresas de tecnologia como uma forma de desentravar diferentes áreas do conhecimento e, com efeito, transformar o mundo. Entre eles, Horácio Poblete, da Ledface, Gustavo Mota, da We do Logos, Daniel Wjuniski, do Minha Vida, Fernando Okumura, do Kekanto, Thiago Feijão e Cláudia Massei, do QMágico, eTiago Dalvi, da Solidarium, compartilham seus valores, motivações e, principalmente, do que é feito o seu sonho, afinal.
Um dos critérios usados na escolha dos personagens foi a variedade de perfis. Cada empresa está em um estágio diferente: uma está lançando o produto, outra já encontrou um modelo de negócios escalável. Algumas oferecem serviço para empresas, outras para usuário final. Embora todas tenham a tecnologia no coração do negócio, cada uma delas atua em um setor: saúde, entretenimento, comunicação visual… O ponto comum é que todos são exemplos importantes para outros empreendedores: “não importa se ele fatura 15 milhões ou se está lançando o seu produto, a sua experiência já serve de exemplo para as pessoas”, destacou Leandro Herrera, idealizador do projeto e responsável pela área de Cultura Empreendedora da Endeavor.
A ideia para o projeto, compartilhou Leandro, partiu de uma vontade de captar um momento único no país. Entre os fatores que contribuem para isso, ele cita por um lado o surgimento e desenvolvimento de startups de tecnologia, o que atrai muitos jovens interessados em empreender, e por outro a própria natureza dos negócios online, cuja barreira de entrada em geral é muito baixa. “É tudo muito recente. Cinco anos atrás não existia esse volume, esse movimento. Não tínhamos nem aceleradoras de negócios”, observou.
Segundo ele, este cenário particular encerra dois aspectos: ao mesmo tempo em que é muito positivo para o país, pois daí podem sair excelentes empresas, geradoras de inovação, é também delicado, pois as condições mais favoráveis podem criar ilusões em torno do que significa empreender, carregando o cenário de valores equivocados, como a busca obsessiva por dinheiro ou por fama (principalmente com a mídia ávida por histórias de empreendedores). Por isso, além das histórias que mostram o lado humano do empreendedor, o “Vai que dá” preocupa-se em apresentar as peculiaridades técnicas do empreendedorismo no meio digital, passando por termos, metodologias, processos e práticas empregadas pelo empreendedorismo de tecnologia no mundo todo.
No fim, o que se revela mais evidente nos episódios é que, independente do tempo que você leva até encontrar um modelo de sucesso ou decidir que não dá mais para continuar com um negócio, o que importa é a jornada, o item mais valioso para o crescimento profissional, mas principalmente pessoal. Além de gerar inspiração e reconhecimento, a principal contribuição do documentário para o universo empreendedor está em sua mensagem central: Vai que dá!
Por Carolina Pezzoni, da equipe de Cultura Empreendedora – Endeavor Brasil.