A imprensa divulgou que a startup norte-americana Tutudo – fundada pelo anjo de negócio Pierre Schurmann e pela jovem especializada em jogos sociais Mayara Campos, que tocam a operação a partir do Brasil – tem faturamento que cresce 300% ao mês. Claro, toda empresa que sai do zero passa por isso. O mais interessante é o que está por trás dos números.
A Tutudo entrou no mercado em junho, vem vendendo especificamente créditos de bens virtuais para jogos sociais, para uma base de já 100 mil usuários cadastrados, mas reserva um futuro ainda maior.
Não que eles gaguejem ao dizer que querem “ficar com tu-tudo”. Eles querem sim bem mais que comissão por créditos para bens virtuais de jogos sociais, mas o nome vem de “tutu”, expressão popular para dinheiro. Fundamentalmente e acima de tudo, o Tutudo é tecnicamente uma carteira que você abastece de dinheiro, comprando com o cartão de crédito ou com cartões como os de “raspadinha” vendidos em bancas. E o que você pode fazer com créditos de dinheiro é praticamente infinito – afinal, os valores financeiros são uns dos mais versáteis que já inventamos, e a tecnologia não vai limitar seu uso, mas ampliá-lo.
Entre potencial e realização, há um gap gigante chamado realidade, geralmente movido a execução e resultados. E o que a Tutudo reserva para o futuro? A Conversando com Pierre e Mayara, fiquei sabendo que a Tutudo está apenas no primeiro (indo para o segundo) lance do seu roadmap, que já previa oito etapas diferentes.
Quais etapas? O simples fato de terem formalizado a empresa nos Estados Unidos, ao invés de no Brasil, já indica que possivelmente vão formar parcerias estratégicas de alto nível com outros players, talvez até canalizar investimentos.
Isso é fácil de especular, nem precisa ser insider. O passo que eu sei que a Tutudo vai dar é em direção ao consumidor: eles vão passar a vender créditos para tudo que é bem virtual, não apenas dentro de jogos. Isso pode incluir, por exemplo, músicas, livros digitais, etc.
Resta saber quando e como esse passo vai ser dado. O potencial para isso está aparente, nem é uma questão de ser anunciado ou revelado. E o caminho de firmar parcerias com publishers e com canais de distribuição já é conhecido pela startup. É Tutudo de bom 😉